A viúva de Fábio Toshiro, que morreu atropelado poucas horas após se casar no início deste mês, contou como foram os momentos de terror após ter testemunhado o acidente e visto o responsável fugir do local, sem prestar socorro. De acordo com ela, os dias têm sido tristes e pede por justiça.
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"Eu não tenho o que eu mais queria de volta, mas eu acho que eu fico mais tranquila que a justiça do homem, da polícia, do processo será realizada", fala Bruna Villarinho Toshiro.
Em entrevista ao Fantástico da TV Globo deste domingo, 28, ela conta que os dois estavam animados para comentarem a cerimônia e a festa quando atravessavam as pistas da avenida Lúcio Costa, em frente ao hotel onde passariam a noite de núpcias, no Rio de Janeiro.
"A gente saiu do hotel e a gente já viu que a pista estava tranquila. Eu estava de lado e não vi nada de diferente. Eu só vi, de fato, quando, do nada, mais rápido do que a velocidade da luz, aquele carro", diz ela, descrevendo o momento do atropelamento.
Bruna destaca que, quando se deu conta, Toshiro já estava “no ar”. “E aí ele estava lá em cima do ar e caiu. E aí eu comecei a gritar. E aí eu só vi um motoqueiro passando por mim, falando: 'eu vi quem foi, eu vou atrás. E eu falava: 'pelo amor de Deus, salva meu marido. A gente acabou de casar. Salva ele”, relembra.
“Eu só vi que esse carro branco. Pelo barulho de aceleração, eu vi que era um carro muito potente. Eu vi que deu uma ligeira... uma encostada, só que depois saiu arrancando de novo”, detalhou, sem esconder as lágrimas.
Vitor Belarmino Vieira, apontado por Bruna e pela polícia como o responsável pelo atropelamento, teve a prisão preventiva decretada mas ainda está foragido. No dia do crime, o homem havia saído de uma festa e dirigia uma BMW conversível com cinco mulheres em alta velocidade.
De acordo com a defesa de Vitor, imagens de câmera de segurança mostram um motociclista desequilibrando Fábio e afirma que a decisão de se apresentar à polícia é dele. "O Vitor não acha justo se entregar, ficar preso por um crime que ele não tem responsabilidade".
Em depoimento, o motoqueiro negou que tenha encostado em Fábio. Bruna, a principal testemunha do caso, afirma que o carro passou tão rápido que não conseguiu vê-lo.
“Não senti absolutamente nada. Só foi mesmo na hora que o carro apareceu com uma velocidade, mas que foi muito rápido, muito de repente. Ele estava um pouco na minha frente, mas assim, foi tão assim que eu não vi nem no momento que o carro pegou ele", afirma ela.
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