Santos: dois tanques ainda queimam e há plano de evacuação

Produtos químicos foram transferidos para outros terminais por causa do risco de explosão e liberação de fumaça tóxica; plano ainda não precisou ser implementado

5 abr 2015 - 16h23
(atualizado às 21h48)
O Corpo de Bombeiros escreveu nas redes sociais que o fogo está diminuindo nos depósitos da Ultracargo, em Santos
O Corpo de Bombeiros escreveu nas redes sociais que o fogo está diminuindo nos depósitos da Ultracargo, em Santos
Foto: Corpo de Bombeiros / Twitter

Caiu para dois o número de tanques em chamas nos depósitos da Ultracargo, em Santos, litoral sul de São Paulo, informou a Defesa Civil, na noite deste domingo.

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Por meio de nota, a empresa informou que "um tanque que continha etanol teve as chamas extintas" e que "sete rebocadores operam no local bombeando água para o combate às chamas ainda remanescentes".

Por volta das 19 horas, o corpo de Bombeiros informou, em seu perfil no Twitter, que o fogo havia sido extinto no interior do tanque de álcool, mas não nos diques e em suas bases.

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Pela manhã, a corporação já havia divulgado na rede social a evolução dos trabalhos de conteção das chamas. "Estamos vencendo: 36 viaturas, 110 homens no combate ao fogo e três tanques em chamas", informou.

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As equipes que trabalham no local retiraram os componentes químicos dos depósitos, pelo risco de explosão e liberação de fumaça tóxica, que poderia colocar a população em risco. Os bombeiros já estão com um plano de evacuação, que ainda não foi implementado porque a situação está controlada.

"O importante é que, até o momento, não há necessidade de tirar as pessoas que estão próximas ao local. Não houve nenhum pedido ao Governo Federal para isso. Mesmo tendo um cenário hoje estável precisamos estar preparados, ter esse plano. O pessoal do exército preparado para nos ajudar, mas tudo isso por questão de prevenção, ainda", disse o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Defesa Civil, José Roberto Rodrigues de Oliveira. 

Oliveira acrescentou que existem "muitos tanques com gasolina, etanol e até ácidos, uma infinidades de produtos químicos", mas que os que causavam mais preocupação foram isolados por uma barreira.

Incêndio em Santos chega ao terceiro dia
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O chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, explicou que a fumaça liberada pelos tanques em chamas não é danosa, embora produza fuligem e sujeira, mas assinalou que se algum dos tanques com componentes químicos for atingido, fumaça tóxica será liberada.

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"O risco seria as pessoas inalarem, mas a chance é mais remota porque os produtos foram transferidos, inclusive para outros terminais", destacou Onias.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Marco Aurélio Alves Pinto, a Ultracargo importou um produto que passará a ser usado como nova estratégia.

"Ele (o produto, chamado Coldfire) é importante, semelhante à espuma, mas especifico para combater o álcool anidro. A ideia é terminar os trabalhos com os dois tanques de gasolina sendo consumidos", disse.

O governo de São Paulo anunciou no sábado (04) a instalação de um gabinete de crise na prefeitura de Santos para acompanhar e tomar providências em relação ao incêndio nos depósitos da Ultracargo, que teve início na última quinta-feira (02).

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Fazem parte do grupo o vice-governador, Márcio França, os secretários de Governo, Saulo de Castro; da Casa Militar, José Roberto Rodrigues de Oliveira; da Segurança Pública, Alexandre de Moraes; e do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias. Também integram o comitê o comandante do Corpo de Bombeiros, Marco Aurélio Alves Pinto, e o subsecretário de Comunicação, Marcio Aith.

Fonte: Especial para Terra
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