O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa, pediu nesta sexta-feira (23) que a população do Estado economize água. Ele não descartou a possibilidade do abastecimento às empresas na região da foz do Rio Guandu ser interrompido para priorizar o uso humano diante da crise hídrica do Estado.
De acordo com o secretário, o abastecimento de água para 75% da população no Estado será garantido pelo volume morto do reservatório de Paraibuna nos próximos seis meses, mas, depois desse período, não está descartada a possibilidade de um racionamento no Rio de Janeiro.
Em 84 anos de medição do nível de reserva de água, André Corrêa ressaltou que o Rio de Janeiro convive com "a pior crise hídrica da história do Sudeste”. Ele destacou que o momento é crítico, mas não há motivo para desespero a ponto de a população adotar medidas como, por exemplo, reservar de água desnecessariamente.
O secretário defendeu que a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) inicie uma cobrança tarifária diferenciada que beneficie quem gasta menos e onere quem consome mais. Ele afirmou que a viabilidade do projeto está em estudo no governo do Estado, que analisa formas de reuso de água por meio de tratamento. Explicou ainda que o tratamento de água já utilizada não estará disponível a curto prazo.