Motoristas e cobradores do transporte coletivo municipal permanecem com 100% da frota parada nesta quarta-feira em São Luís (MA). Uma reunião de membros do sindicato dos rodoviários, das empresas e da prefeitura de São Luís que terminou na noite de ontem sem uma solução greve do transporte coletivo. A greve começou na última quinta-feira, mas nesta terça toda a frota passou a ficar nas garagens.
A reunião na sede da secretaria municipal de Trânsito e Transporte de São Luís durou mais de quatro horas e não teve consenso. Participaram membros da OAB-MA, Procon-MA, Câmara Municipal, Governo do Estado, Ministério Público, Associação Comercial, Sindicato dos Comerciários, Fiema, Fecomercio e entidades estudantis.
O Sindicato das Empresas de Transporte quer a contrapartida da prefeitura mensal de R$ 4 milhões para diminuir o prejuízo que alegam ter ou o aumento do preço da passagem. A prefeitura diz que não pode fazer o repasse. Outra proposta debatida é a diminuição no ICMS cobrado sobre o valor do óleo diesel cobrada pelo governo do Estado.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) aplicou um total de R$ 384 mil em multas ao Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários por não cumprirem as exigências do mínimo de circulação de 70% da frota.
O Sindicato dos Rodoviários de São Luís pede 16% de aumento salarial; reajuste do ticket-alimentação para R$ 500; inclusão de um dependente no plano de saúde, além da implantação do plano odontológico. Para o Sindicato, a paralisação parcelada não estava surtindo efeito, já que os empresários estavam economizando com menos ônibus circulando e levando a mesma quantidade de passageiros.
Por isso, resolveram para toda a frota. Segundo a prefeitura, uma nova reunião foi agendada para as 16h desta quarta-feira para que seja encontrado um acordo com o movimento grevista. Devem participar do encontro, além de membros da prefeitura e dos sindicatos, agentes da Sociedade Civil.