Funcionários da Fundação Casa entraram em greve na quinta-feira, por tempo indeterminado, no Estado de São Paulo. Eles pedem reajuste de 28% e melhoria nas condições de trabalho. Atualmente o piso da categoria é R$ 1,86 mil.
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De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado (Sitraemfa), a Fundação Casa não deu resposta sobre as reivindicações da categoria, tanto em cláusulas econômicas quanto sociais.
O presidente do Sitraemfa, Aldo Damião, disse que o pedido de reajuste é para correção da inflação, da perda salarial, para agregar um reajuste real. “O salário do trabalhador da Fundação Casa é o pior da nação. O estado mais rico paga o pior salário da socioeducação”, destacou.
O sindicato pede ainda a solução de problemas como superlotação nas unidades, falta de funcionários, falta de segurança, além de “uma escala de trabalho justa e igual para todos, e o fim das portarias arbitrárias e inconstitucionais”.
A Fundação Casa informou, em nota, que “a pauta de reivindicações está sendo analisada pelo governo de São Paulo”, e “o atendimento aos adolescentes, nos 148 centros socioeducativos, se mantém dentro da rotina, sem prejuízo às atividades pedagógicas, ao atendimento de saúde e psicossocial e à alimentação e higiene”.
A instituição divulgou que, entre 2005 e 2014, os aumentos dados aos funcionários acumulam 86,24%.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou, na terça-feira (5), que se a greve dos funcionários da Fundação Casa fosse deflagrada, deveria ser mantido 70% do quadro funcional em atividade, sob pena de multa no valor de R$ 100 mil, em caso de descumprimento.