Os servidores públicos municipai declararam greve nesta segunda-feira em Porto Alegre, uma das 12 sedes da Copa do Mundo, que começará no dia 12 de junho.
A paralisação foi convocada pelos sindicatos que agrupam os empregados municipais, que pedem aumentos salariais de 20%, que até agora foi negado pela Prefeitura.
Segundo ratificou hoje o município, o prefeito José Fortunati tinha oferecido um aumento de 2,5% neste mesmo mês, mas frente à ameaça de paralisação decidiu elevar sua proposta para 6,28%, que os sindicalistas também rejeitaram.
Os sindicatos asseguraram que 30% dos empregados estão trabalhando, cumprindo com a lei que obriga a garantir essa mínima porcentagem em caso de greve no setor público.
"Os transtornos causados pela greve são responsabilidade do prefeito, pois desde o começo de abril estamos tentando negociar sobre os salários", declarou Carmen Padilha, diretora do Sindicato de Empregados Municipais do Porto Alegre.
A greve de Porto Alegre se une a uma onda de paralisações em diversos setores, como o transporte, educação e saúde, em várias das 12 cidades que acolherão o Mundial de futebol.
Segundo as autoridades, os sindicatos decidiram aproveitar a visibilidade que oferece o torneio da Fifa para pressionar, mas confiam que serão alcançados acordos necessários para impedir que as greves continuem durante o Mundial.
Outro dos sindicatos que ameaça com paralisações durante o Mundial, também por diferenças salariais, é o que agrupa os agentes da Polícia Federal, responsáveis pelo controle nas alfândegas e os aeroportos, entre outros assuntos.