Uma ameaça de ataque numa escola mantida pela instituição levou o Sesi a suspender as aulas para cerca de dois mil alunos, nesta segunda-feira, 18, em Sorocaba, interior de São Paulo. As mensagens, postadas em perfil falso na rede social Facebook, ameaçavam repetir o ataque que deixou dez pessoas mortas, na última quarta-feira (13), em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. A Polícia Civil foi acionada e já investiga as ameaças.
O perfil falso tem o nome de Guto Taucci - G.T.M. é um dos autores dos atentados em Suzano - e uma foto dele. O texto informa sobre o "próximo massacre", alertando que as vítimas serão "alunos do 1 e 5 ano do Sesi do Mangal" - o bairro de Sorocaba onde fica a escola central do Sei na cidade. Adiante, o texto afirma: "Tenho alvos, as criancinhas (menino), mas pode acabar morrendo menina na hora do corre."
Mais à frente, o autor pede que não seja denunciado e garante que não se trata de perfil fake. Em outra postagem, o internauta se identifica como aluno e diz que "sempre tive o desejo de fazer, agora o que aconteceu em Suzano me motivou! Mas eu quero os pequenos! De 1 a 5 ano (sic), mais fácil!"
Em comunicado, o Sesi informou que a suspensão das aulas foi adotada como prevenção após a ameaça da violência. Os pais e professores foram avisados pelas redes sociais, incluindo o WhatsApp. O Sesi informou ter registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil denunciando o fato. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) confirmou ter aberto inquérito para apurar a autoria das ameaças.
O Sesi mantém em Sorocaba 25 turmas com 1.824 alunos no ensino fundamental, em períodos integral e parcial. Possui ainda alunos no ensino médio. A direção da escola informou que está tomando todas as medidas para garantir a segurança de seus alunos, funcionários e corpo docente. A volta às aulas na terça-feira depende de uma avaliação que será realizada nesta segunda.
A Secretaria de Segurança e Defesa Civil de Sorocaba informou que, após tomar conhecimento das postagens com ameaças à unidade do Sesi, acionou os comandos da Polícia Militar e Polícia Civil para verificar a veracidade da postagem e identificar o autor. Conforme a pasta, desde o massacre acontecido na escola de Suzano, foi reforçado o patrulhamento ostensivo nas escolas municipais pela Guarda Civil, com apoio da Polícia Militar.