O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) cancelou um protesto organizado para ocorrer em frente ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista, por medo de que a manifestação fosse reprimida com violência pela Polícia Militar. O grupo pede a libertação de Fábio Hideki Harano, funcionário da USP preso na segunda-feira durante um Ato Contra a Copa suspeito de portar explosivos.
Publicidade
Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, os manifestantes do sindicato saíram de outro protesto, na Assembleia Legislativa – que pedia mais verba para as universidades estaduais – e se dirigiram ao CDP em três ônibus. O grupo, afirma Carvalho, foi seguido por três viaturas da PM, e o advogado do sindicato ainda ligou para alertar que a Tropa de Choque se dirigia ao local.
O diretor do sindicato afirma que até mesmo os funcionários do CDP alertaram para a violência – inclusive contra Harano. “Disseram para os companheiros: ‘olha, vocês vão se dar mal com a Tropa de Choque, e o Fábio vai se ferrar aqui nesse CDP, porque esse aqui é um CDP do PCC (...) e o PCC não vai querer confusão aqui na porta’”, diz.
Carvalho diz que, diante das ameaças de violência e da grande presença da polícia, o grupo decidiu sair do local antes mesmo de começar a manifestação. O sindicato afirma que testemunhas e um vídeo indicam que Harano não portava nenhum explosivo. “A única coisa que foi encontrada foi um vidro de vinagre (...) não tinha nada.”
1 de 22
Protesto contra a Copa do Mundo reúne mais policiais que manifestantes em SP
Foto: Bruno Santos
2 de 22
Muitos PMs aguardavam a chegada de manifestantes na praça do Ciclista
Foto: Bruno Santos
3 de 22
O efetivo de policiais militares, no entanto, era grande
Foto: Bruno Santos
4 de 22
Por volta das 14h50, quase não havia manifestantes na praça do Ciclista
Foto: Bruno Santos
5 de 22
Protesto contra a Copa do Mundo reúne mais policiais que manifestantes em SP
Foto: Bruno Santos
6 de 22
Cavalaria da PM comparece ao protesto
Foto: Bruno Santos
7 de 22
Um ativista foi detido. Segundo a PM, ele portava drogas
Foto: Bruno Santos
8 de 22
Tropa de Choque observa enquanto torcedores passam
Foto: Bruno Santos
9 de 22
"Recebemos a informação de um observador legal que estava sendo revistado à espreita, fora da manifestação, em um momento pacífico, longe da imprensa. A polícia não deixou a gente acompanhar. Um advogado foi revistado no exercício da sua profissão", declarou o advogado André Zanardo, do coletivo Advogados Ativistas
Foto: Bruno Santos
10 de 22
Manifestante encara PMs durante protesto em SP
Foto: Janaina Garcia
11 de 22
Manifestante encara policial militar durante o protesto
Foto: Bruno Santos
12 de 22
Policiais observam manifestantes
Foto: Bruno Santos
13 de 22
Centenas de manifestantes participaram do protesto
Foto: Bruno Santos
14 de 22
Centenas de manifestantes participaram do protesto
Foto: Bruno Santos
15 de 22
Lojistas fecharam os estabelecimentos para assistir ao jogo do Brasil na Copa do Mundo
Foto: Bruno Santos
16 de 22
Tropa de Choque observa a manifestação
Foto: Bruno Santos
17 de 22
Policiais acompanham manifestantes enquanto protesto passa pelo Masp
Foto: Bruno Santos
18 de 22
Cavalaria da PM também atuou durante a manifestação
Foto: Bruno Santos
19 de 22
Policiais observam o protesto
Foto: Bruno Santos
20 de 22
Manifestante sendo preso - ele já havia sido preso e agredido pela PM com balas de borracha e spray de pimenta no protesto realizado perto do metrô Carrão, na zona leste, no último dia 12, na abertura da Copa do Mundo
Foto: Bruno Santos
21 de 22
Policiais carregavam armas de fogo durante o protesto
Foto: Bruno Santos
22 de 22
Policiais carregavam armas de fogo durante o protesto