O Sindicato dos Metroviários de São Paulo orientou que todos os funcionários retornem a seus postos de trabalho, uniformizados, após o Metrô aceitar a liberação das catracas livres. A entrada gratuita foi condicionada ao retorno total e imediato dos empregados de operação e manutenção. Em nota, a companhia ressaltou que a medida deve gerar prejuízo, dificultando ainda a saúde financeira da empresa. Apesar do acordo, o transporte segue paralisado na capital paulista.
“A Companhia reforça que tentou todas as formas de negociação, inclusive com a concessão de benefícios como o pagamento de progressões salariais. A empresa também cumpre integralmente com o acordo coletivo de trabalho e as leis trabalhistas”, completou o Metrô.
Com a decisão, o Sindicato dos Metroviários pretende ressaltar que o objetivo da greve não é prejudicar as pessoas, mas lutar pelos direitos da categoria. Desde às 4h40 da manhã, com a abertura dos metrôs, usuários relatam estar sofrendo transtornos para chegar ao trabalho, a consultas médicas e também a escolas.
“Nesse momento, a pressão é a catraca livre. É algo que o sindicato propôs desde a madrugada, pressionando o Metrô. Agora conquistamos, depois de ‘bater’ bastante no Metrô e a população ver que estava prejudicando a vida dela”, afirmou uma das lideranças da greve em vídeo divulgado no Facebook.
A ideia é que seja feita uma nova assembleia ao fim do dia, para que o sindicato discuta a sequência da negociação com o Metrô e com o Governo de São Paulo.
Entenda a greve
Desde as 00h desta quinta-feira, 23, teve início a greve dos metroviários com paralisação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho) da Companhia do Metropolitano do Estado de São Paulo (Metrô).
Os metroviários exigem o fim da privatizações e terceirizações do serviço de transporte por parte do governo; o aumento de contratações por concurso público de novos servidores para ampliação do quadro de funcionários, e também o pagamento do abono em troca da participação dos Resultados e Lucros (PRL) que, segundo o sindicato, não foi repassado aos trabalhadores entre os anos de 2020 e 2022.