O Sistema Cantareira, um dos responsáveis pelo abastecimento da Grande São Paulo, tem hoje (30) quase quatro vezes mais água no seu volume útil do que há um ano. O índice é o melhor para o período desde 2012. A elevação dos níveis dos reservatórios foi possível graças a grande ocorrência de chuvas na região, que acumulou desde o início do mês 377,5 milímetros de precipitação, enquanto a média histórica para janeiro é de 262,6 milímetros.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema tem atualmente 59,7% do volume útil (586,4 bilhões de litros). Em 30 de janeiro de 2016, o nível era de apenas 15,9% (156,5 bilhões de litros), refletindo a crise hídrica recente que provocou racionamento de água em diversas cidades abastecidas pelo Cantareira.
Em 2014, com a falta de chuvas, os reservatórios do sistema começaram a operar em níveis críticos, sendo necessário o uso das reservas técnicas, o chamado "volume morto". Associada a medidas de racionamento, a captação dessa água extra, com instalação de equipamentos adicionais, impediu o colapso completo do abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.
O problema foi declarado como superado pelo governador Geraldo Alckmin em março de 2016. À época, no entanto, ainda havia reclamações de falta d´água em cidades como Mauá e Santo André.