Simulações feitas por especialistas apontam que o Sistema Cantareira vai demorar de quatro a cinco anos para se recuperar, caso chova na média histórica da região das represas, segundo informações publicadas nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Caso a previsão se confirme, a crise da água em São Paulo deve continuar no próximo mandato do governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB).
Ao jornal, o pesquisado Antônio Zuffo, da Unicamp, afirmou que a possibilidade de um desabastecimento, com graves consequências econômicas, sociais e ambientais, existe. O cronograma da Sabesp aponta que as principais obras para aumentar a produção de água só devem ficar prontas a partir de 2016 – caso da ampliação do sistema Rio Grande e da polêmica interligação entre as represas Atibainha e Jaguari.
De acordo com o jornal, a parceria público-privada que deve abastecer as áreas críticas na zona oeste da Grande São Paulo está prevista para terminar em 2018. Devido a crise, o governo deve adiantar obras e fazer projetos que não estavam planejados, segundo afirmou o Secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce.