A Defesa Civil do Rio grande do Sul afirmou na manhã deste domingo, 18, que chegou a 13 o número de mortos devido à passagem do ciclone extratropical no estado, na quinta-feira, 15. Até então, o órgão havia contabilizado 11 mortes.
De acordo com o órgão, as vítimas são:
- Homem de 27 anos, decorrente de choque elétrico, em São Leopoldo;
- Homem de 23 anos, cujo carro foi arrastado, também em São Leopoldo;
- Homem de 60 anos, morto por afogamento em Novo Hamburgo;
- Homem de 73 anos, cujo carro submergiu no rio Caí, em Bom Princípio;
- Homem de 69 anos, que foi soterrado em Maquiné;
- Homem de 29 anos, após queda de telhado em área alagada, em Gravataí;
- Mulher de 55 anos, por afogamento, em Esteio;
- Mulheres de 92 e 57 anos, vítimas de deslizamento de terra em Maquiné;
- Mulher de 73 anos, também após deslizamento de terra, mas em Caraá;
- Bebê de 4 meses, após engasgamento e inviabilidade de acessar serviço de saúde devido ao isolamento causado pela água em São Sebastião do Caí;
- Homem de 76 anos e adolescente de 14 anos, ambos arrastados pelas águas em Caraá.
Mais de 3,7 mil pessoas estão desabrigadas e quase 700, desalojadas. Quatro pessoas seguem desaparecidas, todas do município de Caraá, distante a cerca de 90 quilômetros de Porto Alegre, e que tem pouco mais de 8 mil habitantes. Cinco pessoas que estavam desaparecidas até a madrugada deste domingo foram encontradas com vida.
O ciclone extratropical ocasionou chuvas intensas e fortes ventos no sul de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul. As tempestades causaram inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra, que afetaram 41 cidades gaúchas e 31 catarinenses.
Em Santa Catarina, não há registro de mortes e desaparecimentos. Também não há pessoas desabrigadas ou desalojadas. A água que alagava os municípios já baixou, e as cidades que tiveram deslizamentos já estão recuperando esses locais.
Segundo o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Naturais (Cemaden), a previsão para este domingo é de melhora do tempo. O ciclone se deslocou para o oceano, e há resquícios de vento na costa norte do Rio Grande do Sul. A preocupação, agora, será com as baixas temperaturas, já que o inverno começa na próxima semana.
Defesa Civil alerta quem retorna a área afetada
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul recomenda que as pessoas que desejam retornar a suas residências verifiquem as condições estruturais e de segurança. "Higienize o local e todo material que teve contato com a água. Comunique as autoridades se identificar riscos", alerta o órgão.
O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que surge fora dos trópicos. É associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros dos relógios, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).
O ciclone que atingiu o sul do país, associado a uma frente fria, formou-se no Oceano Atlântico no decorrer da semana passada. A área de baixa pressão nos médios e altos níveis da atmosfera potencializou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente.
md (EBC, ots)