Sobe para 13 número de mortos após passagem de ciclone no RS

Tempestades deixaram 3,7 mil pessoas desabrigadas e quase 700 desalojadas; 41 cidades gaúchas e 31 catarinenses foram afetadas pelo temporal

18 jun 2023 - 13h25
(atualizado às 14h16)
Inundação provocada por passagem de ciclone em Canaá, no Rio Grande do Sul
Inundação provocada por passagem de ciclone em Canaá, no Rio Grande do Sul
Foto: DW / Deutsche Welle

A Defesa Civil do Rio grande do Sul afirmou na manhã deste domingo, 18, que chegou a 13 o número de mortos devido à passagem do ciclone extratropical no estado, na quinta-feira, 15. Até então, o órgão havia contabilizado 11 mortes.

De acordo com o órgão, as vítimas são:

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  • Homem de 27 anos, decorrente de choque elétrico, em São Leopoldo;
  • Homem de 23 anos, cujo carro foi arrastado, também em São Leopoldo;
  • Homem de 60 anos, morto por afogamento em Novo Hamburgo;
  • Homem de 73 anos, cujo carro submergiu no rio Caí, em Bom Princípio; 
  • Homem de 69 anos, que foi soterrado em Maquiné;
  • Homem de 29 anos, após queda de telhado em área alagada, em Gravataí;
  • Mulher de 55 anos, por afogamento, em Esteio;
  • Mulheres de 92 e 57 anos, vítimas de deslizamento de terra em Maquiné;
  • Mulher de 73 anos, também após deslizamento de terra, mas em Caraá;
  • Bebê de 4 meses, após engasgamento e inviabilidade de acessar serviço de saúde devido ao isolamento causado pela água em São Sebastião do Caí;
  • Homem de 76 anos e adolescente de 14 anos, ambos arrastados pelas águas em Caraá.

Mais de 3,7 mil pessoas estão desabrigadas e quase 700, desalojadas. Quatro pessoas seguem desaparecidas, todas do município de Caraá, distante a cerca de 90 quilômetros de Porto Alegre, e que tem pouco mais de 8 mil habitantes. Cinco pessoas que estavam desaparecidas até a madrugada deste domingo foram encontradas com vida.

O ciclone extratropical ocasionou chuvas intensas e fortes ventos no sul de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul. As tempestades causaram inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra, que afetaram 41 cidades gaúchas e 31 catarinenses.

Em Santa Catarina, não há registro de mortes e desaparecimentos. Também não há pessoas desabrigadas ou desalojadas. A água que alagava os municípios já baixou, e as cidades que tiveram deslizamentos já estão recuperando esses locais.

Segundo o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Naturais (Cemaden), a previsão para este domingo é de melhora do tempo. O ciclone se deslocou para o oceano, e há resquícios de vento na costa norte do Rio Grande do Sul. A preocupação, agora, será com as baixas temperaturas, já que o inverno começa na próxima semana.

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Defesa Civil alerta quem retorna a área afetada

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul recomenda que as pessoas que desejam retornar a suas residências verifiquem as condições estruturais e de segurança. "Higienize o local e todo material que teve contato com a água. Comunique as autoridades se identificar riscos", alerta o órgão.

O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que surge fora dos trópicos. É associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros dos relógios, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).

O ciclone que atingiu o sul do país, associado a uma frente fria, formou-se no Oceano Atlântico no decorrer da semana passada. A área de baixa pressão nos médios e altos níveis da atmosfera potencializou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente.

md (EBC, ots)

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