Um soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo morreu após ser baleado na tarde desta sexta-feira, 2, na cidade de Santos, litoral paulista. O agente Samuel Wesley Cosmo, 35 anos, integrava a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite da PM de São Paulo. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, já anunciou uma operação para localizar os suspeitos. Segundo a PM, três pessoas foram presas.
Cosmo foi atingido na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no bairro Rádio Clube, zona noroeste da cidade, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), em nota. Ele chegou a ser socorrido até a Santa Casa, passou por procedimento cirúrgico, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a pasta, equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil realizam buscas na região "visando a identificação e prisão dos criminosos".
De acordo com a PM, três indivíduos foram presos. "A operação permanece em vigor até o esclarecimento por completo dos fatos."
"Com muito pesar, recebi há pouco a notícia da morte do Soldado PM Samuel Wesley Cosmo, vítima da ação de criminosos durante patrulhamento em Santos", escreveu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em nota publicada no X (antigo Twitter). "Identificaremos e prenderemos os responsáveis por atacar nossa polícia", completou o chefe do Palácio dos Bandeirantes.
O secretário da Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, afirmou também em comunicado feito no X que se encontra na cidade da Baixada Santista. "Estou em Santos, onde iniciamos uma operação para localizar os criminosos que covardemente balearam o Sd (soldado) Cosmo, policial de Rota, durante incursão em região sob influência do crime", disse. "Daremos todo o apoio à família e não pouparemos esforços para que esse crime não fique impune".
Com muito pesar, recebi há pouco a notícia da morte do Soldado PM Samuel Wesley Cosmo, vítima da ação de criminosos durante patrulhamento em Santos. Identificaremos e prenderemos os responsáveis por atacar nossa polícia. Minha solidariedade a todos os familiares e amigos de…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) February 3, 2024
No último dia 26, o soldado Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos, foi baleado e morto, por volta das 2h30 da madrugada quando transitava de moto na Rodovia dos Imigrantes, em Cubatão, também na Baixada Santista. O soldado havia trabalhado na Operação Verão, em Praia Grande, outra cidade do litoral, e retornava para São Paulo, quando foi atacado pelos suspeitos. Ele integrava o 38.º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, de São Paulo.
Também em janeiro, outros dois policiais militares morreram em ações de criminosos. No dia 18, a soldado PM Sabrina Freire Romão Franklin, de 30 anos, foi assassinada após uma tentativa de assalto em Parelheiros, na zona sul de São Paulo. No mesmo dia, o policial militar da reserva, Paulo Marcelo da Silveira, de 69 anos, foi vítima de latrocínio no Jardim Eldorado, também na zona sul da capital.
Estou em Santos, onde iniciamos uma operação para localizar os criminosos que covardemente balearam o Sd Cosmo, policial de Rota, durante incursão em região sob influência do crime. Daremos todo o apoio à família e não pouparemos esforços para que esse crime não fique impune.
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) February 3, 2024
A série de ataques a policiais em São Paulo - houve outros casos em cidades do interior, mas sem óbitos - levou o governo de São Paulo a deflagrar uma série de Operações Escudos para localizar os suspeitos e também recuperar armamentos que foram ocasionalmente roubados das vítimas.
No ano passado, o soldado Patrick Bastos Reis, também da Rota, foi assassinado no Guarujá, durante uma incursão em uma área da cidade conhecida como ponto de tráfico de entorpecentes. A morte de Reis provocou a deflagração de uma Operação Escudo que durou 40 dias e terminou com a prisão de mais de 950 pessoas e 28 mortes.