Os quatro auditores da prefeitura de São Paulo acusados de participarem de esquema de fraudes que pode ter causado prejuízos de até R$ 500 milhões aos cofres do município, que estão presos no 77º Distrito Policial (Santa Cecília), deixaram o local na tarde deste domingo para realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do Hospital das Clínicas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) paulista, Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, Eduardo Horle Barcellos, Ronilson Bezerra Rodrigues e Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral terminaram os exames por volta das 18h. A pasta não informou o horário em que eles deixaram o DP e nem quanto tempo levou o procedimento.
Luis Alexandre será solto na noite deste domingo, já que sua prisão temporária termina hoje. Ele aceitou colaborar com as investigações e firmou um termo de delação premiada. Por isso, o Ministério Público paulista (MP-SP) não solicitou a prorrogação da prisão dele.
Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça São Paulo (TJ-SP) determinou a prorrogação das prisões temporárias de Eduardo, Ronilson e Carlos Augusto, que devem permanecer detidos por pelo menos mais cinco dias. O juiz Eduardo Pereira Santos Júnior, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), atendeu a pedido do Ministério Público.
Na decisão, o juiz argumentou que a prorrogação é necessária "para a implementação das ordens de sequestro e bloqueio de bens e para que se proceda à colheita dos depoimentos das testemunhas faltantes, sem a interferência dos agentes, tal como exposto na representação".