Ao menos desde 2001 a região metropolitana de São Paulo está no limite da relação de oferta e demanda de água, afirma Carlos Tucci, engenheiro premiado pela Unesco, de acordo com informações da Folha de S. Paulo. Para o especialista, o Estado demorou a implantar medidas para diminuir o desperdício e, agora, pode ter de recorrer a ações mais severas para evitar o desabastecimento da população.
De acordo com Tucci, a sobretaxa – de até 100% na conta de água, excluindo o valor do esgoto, que será aplicada a quem ultrapassar a média de consumo mensal do período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014 – “é o melhor mecanismo a curto prazo” e deveria ter sido instituída antes de os mananciais atingirem condições críticas.
Ele diz que seria muito difícil prever a crise do sistema hídrico, mas que planejamento de longo prazo deve levar em conta as medidas a serem tomadas em casos extremos. “Não é possível que a maior região metropolitana do País esteja sujeita a esse tipo de risco [desabastecimento]”.
Para ele, se não chover o suficiente para recuperar os mananciais, “é possível que você tenha que taxas aquele que não conseguir reduzir” o consumo, e não só quem aumentou o gasto.