O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP) iniciou, às 22h de terça-feira, uma paralisação das atividades que durará 24 horas.
Segundo a categoria, a paralisação foi motivada por más condições de trabalho. Com a decisão, as regiões da capital paulista, de Sorocaba, de Bauru e do ABC serão afetadas. Trabalhadores dos Estados do Rio de Janeiro, Tocantins e Rio Grande do Norte também participarão da greve.
"A greve é feita após várias negociações e com reuniões no Ministério do Trabalho onde procuramos de diversas maneiras negociar com a empresa, mas só obtivemos respostas meio evasivas", afirmou o diretor de imprensa do sindicato Douglas Melo.
Ontem, às 19h, a categoria faz assembleia no CMTC Clube. Entre as reivindicações estão a ampliação das escoltas armadas para atender todas as regiões consideradas de risco; o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); e o fim das horas extras, além do acréscimo no quadro de trabalhadores. "A empresa reduziu o número de carteiros e aumentou o de ruas. O número de carteiros não dá conta das entregas devido à quantidade de afastamentos médicos decorrentes do excesso de trabalho", salientou Melo.
A direção dos Correios considera a greve "injustificada" e argumenta que realizou investimentos recentes em prol da qualidade e segurança dos funcionários. "A paralisação anunciada é injustificada. (...) Nos últimos três anos, os Correios investiram mais de R$ 1 bilhão na melhoria das condições de trabalho. Além disso, contrataram mais de 20 mil novos trabalhadores por concurso público, sendo a maior parte carteiros."
Os Correios defendem que foram implementadas medidas de segurança, como o uso de escolta armada e rastreamento de veículos e encomendas em áreas de risco, e que há negociação permanente entre os dirigentes e os líderes sindicais.