SP: grupo faz ato em frente à SSP contra violência policial em protestos

31 jan 2014 - 17h08
(atualizado às 20h17)
Um grupo de cerca de 250 manifestantes fechou o trânsito na rua Libero Badaró, da altura do viaduto do Chá até o Largo São Francisco, no centro de São Paulo, em um ato contra a ação policial nos protestos populares
Um grupo de cerca de 250 manifestantes fechou o trânsito na rua Libero Badaró, da altura do viaduto do Chá até o Largo São Francisco, no centro de São Paulo, em um ato contra a ação policial nos protestos populares
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Um grupo de cerca de 250 manifestantes fechou o trânsito na rua Libero Badaró, da altura do viaduto do Chá até o Largo São Francisco, no centro de São Paulo, em um ato contra a ação policial nos protestos populares.  

O grupo, formado majoritariamente por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), além de pessoas contrárias a realização da Copa do Mundo no País, se concentrou por volta das 15h em frente ao Theatro Municipal. Após caminharem por ruas do centro da capital paulista, os manifestantes chegaram por volta das 16h na rua Libero Badaró, onde fica a sede da Secretaria de Segurança Pública paulista (SSP-SP).

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O grupo acusa a polícia de truculência, e criticou a ação policial no protesto do último sábado, quando o manifestante Fabrício Proteus Chaves, 22 anos, acabou sendo baleado por policiais militares. Os manifestantes pediram uma retratação do governo paulista sobre o episódio. 

Após protestarem em frente ao prédio da secretaria, um grupo de cinco pessoas escolhido para representar os manifestantes foi convidado a entrar no local. O estudante Vitor Araújo, 20 anos - que perdeu a visão do olho direito durante os protestos realizados no último dia 7 de setembro -, que representa o movimento contrário à realização da Copa do Mundo; o padre Júlio Lancellotti, um rerpesentante do MTST e dos movimentos Perfieria Ativa e Fórum Popular de saúde se reúniram com o secretário adjunto da Segurança Pública, Antonio Carlos da Ponte.  

Após o encontro, o coordenador nacional do MTST Guilherme Simões afirmou que uma reunião com o secretário de Segurança Pública Fernando Grella Vieira foi agendada. "O que nós colocamos para o secretário (adjunto) foi um pedido pelo não uso de armas letais nas manifestações e a apuração dos casos envolvendo violência policial. Ficou acordado que teremos uma reunião com o secertário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, para tratar do assunto", disse. 

Lancelotti afirmou que a reunião "não chegou a nenhuma definição". "Da conversa que tivemos, não se chegou a nenhuma definição. A secreatria de Segurança é refratária no que diz respeito à apuração dos casos. Não há nenhuma decisão. Nem mesmo sobre o não uso de armas letais durante as manifestações."

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O secretario adjunto afirmou ainda que a SSP está sempre aberta ao diálogo e que as arbitrariedades serão sempre motivo de investigação. "A Polícia Militar atua seguindo um protocolo. O que eles (manifestantes) colocaram aqui foi uma questão genérica, de que toda vez que a polícia age, age mal. O que nós queremos é que nos apontem casos específicos para que possamo investigá-los. As pessoas têm liberdade de manifestação, mas também é preciso levar em conta o respeito à vida e à preservação do patrimônio público e privado.

Fonte: Terra
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