A versão online do El Mundo, tradicional publicação espanhola, publicou uma reportagem especial sobre o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), nesta sexta-feira. No texto, o petista é apontado como "o político preferido dos jovens progressistas" e chamado até mesmo de "sex symbol".
A matéria conta que ele, quando derrotou José Serra (PSDB) na eleição de 2012, disse em seu primeiro discurso que pretendia "derrubar o muro da vergonha que separa a cidade pobre da cidade rica". Em seguida, afirma que ele tem enfrentado resistência de uma parcela da sociedade. Os exemplos citados são os motoristas que são contra a criação de corredores de ônibus e "não são capazes de conviver com bicicletas" e também "a classe média e os defensores da meritocracia" que não concordam em dar moradia e empregos a usuários de crack. A mais recente medida de incluir 50 mil imigrantes no Bolsa Família também é apontada como alvo de críticas de parte dos cidadãos locais.
O jornal explica, então, os motivos de Haddad ser tão "cultuado" pela juventude. Citando a "tradição liberal" do PSDB na cidade (apontando, por sinal, a popularidade de Geraldo Alckmin), mostra que, por essas e outras medidas, o petista conseguiu o apoio da juventude "mais alternativa e esquerdista", estudantes "altamente concectados com a internet e muito informados" que "frequentam bares da Vila Madalena e da Rua Augusta" e são "enérgicos na defesa dos direitos humanos".
Além de fornerer uma breve biografia do prefeito, dando destaque a sua boa relação com Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, figuras fortes do Partido dos Trabalhadores, o texto se encerra citando as dificuldades que ele teve em lidar com as manifestações de junho de 2013 - que podem se repetir no próximo ano, já que ele estuda mais uma vez aumentar o valor das passagens do transporte público.