Nesta terça-feira, o nível do Sistema Cantareira caiu para 4,5%, índice que bate novo recorde como o pior da história. A medição é da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
De acordo com os dados, neste mês de outubro choveu apenas 0,4 milímetro na região dos reservatórios, sendo que a média histórica para o período é de 130,8 mm.
A situação do Alto Tietê é outro alvo de preocupação. Também nesta terça-feira, a medição da Sabesp registrou nível de 10,1%. As chuvas na região foram de 7,2 mm, sendo que a média histórica do mês é de 117,1 mm.
O Sistema Cantareira abastece 8,1 milhões de pessoas em São Paulo (zonas Norte e central e parte das zonas Leste e Oeste), Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André.
O Alto Tietê, por sua vez, fornece água a 3,1 milhões de habitantes da zona leste de São Paulo e dos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano. Também abastece parte de Guarulhos, Mauá, Santo André e Mogi das Cruzes.
Esta é a maior crise hídrica da história de São Paulo. De acordo com o governo do Estado, a partir do dia 30 deste mês, parte do volume do Sistema Guarapiranga passará a ser usada em complemento ao Cantareira.