SP: promotoria abre inquérito para investigar ação policial na Cracolândia

25 jan 2014 - 08h36
(atualizado às 08h40)

Um inquérito foi instaurado pelo Ministério Público para investigar possíveis excessos na ação da Polícia Civil que resultou em confronto com viciados na Cracolândia, região central de São Paulo. Segundo o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), responsável pela operação, policiais que visavam prender um traficante foram repelidos por usuários de droga com pedras e pedaços de pau. Após a chegada de reforço, eles reagiram, diz a polícia. "Foi uma ação muito diferente de tudo que já vi do Denarc, fechando ruas e atirando bombas. Foi uma ação muito nebulosa, esquisita, estranha", disse o promotor Arthur Pinto Filho. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo. 

A ação policial causou uma crise política entre a prefeitura, que promove na região um programa para recuperar os viciados sem o uso de repressão, e o Estado. Além de bombas de efeito moral, os viciados dizem  que os policiais usaram balas de borracha. O governo nega. O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, defendeu ontem a ação do Denarc e disse que as operações na Cracolândia são comuns e que policiais civis vão continuar a prender traficantes na região. Ainda na sexta, o assessor do governo Edson Ortega, que atua na Cracolândia, disse que as ações da Polícia Civil continuarão ali, "mas, se houver a possibilidade de confronto, a operação não deve ser feita". A declaração provocou mal-estar com a secretaria, pois teria soado como uma admissão de que houve excessos. Além disso, o entendimento é de que somente Grella poderia fazer essa avaliação.

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Fonte: Terra
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