Um protesto interditou, no final da madrugada desta sexta-feira, a Interligação Baixada, no sentido rodovia Anchieta. Por volta das 5h, moradores do Conjunto Habitacional Imigrantes que pediam melhorias da Saúde e na Segurança iniciaram uma marcha, sentido rodovia Anchieta, impedindo que motoristas deixassem a Baixada Santista pela rodovia.
De acordo com a concessionária que administra a via, por volta das 7h50, cerca de 50 manifestantes interditavam a pista marginal da rodovia Anchieta, no sentido litoral, na altura do quilômetro 60. O tráfego foi desviado para a pista central. Era registrado cerca de 1 quilômetro de congestionamento no horário.
Ainda em Santos, na ligação com a cidade vizinha de São Vicente, outro grupo de manifestantes bloqueava a avenida Martins Fontes, na altura do bairro Sabó. Segundo a Polícia Militar, cerca de 150 manifestantes bloqueavam, desde às 5h, os dois sentidos da via, reivindicando reajustes salariais. O ato era organizado pelas centrais sindicais da baixada santista.
Os moradores de São Vicente também sentiram o impacto do protesto. As avenidas Ayrton Senna da Silva, Presidente Wilson e Antônio Rodrigues tiveram uma manhã de trânsito intenso.
Série de protestos
A manifestação conta com o apoio de centrais sindicais que anunciaram, para esta sexta, uma série de protestos em todo o País. Segundo a Força Sindical, os atos fazem parte do Dia Nacional de Manifestação e Luta, que tem como objetivo "chamar a atenção para a pauta trabalhista que cobra o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, reajuste para os aposentados, fim do projeto de Lei 4.330 - que amplia a terceirização e mais investimento em saúde e educação".
O ato é um desdobramento da primeira série de manifestações realizada no dia 11 de julho, quando as centrais sindicais paralisaram diversas avenidas e rodovias em várias cidades.
Segundo os organizadores do ato, em São Paulo haverá uma grande concentração de trabalhadores, a partir das 10h desta sexta, no viaduto Santa Ifigênia, na região central da capital. Além disso, estava agendada para 5h uma série de concentrações de trabalhadores em diferentes pontos da cidade, incluindo a empresa metalúrgica MWM, na zona sul, o Terminal Sacomã, na zona leste, e a ponte do Piqueri, na zona oeste.
Segundo a CSP-Conlutas, diversas categorias pretendem cruzar os braços nesta sexta-feira em São Paulo, incluindo trabalhadores em educação básica, bancários e servidores do Incra e do Dnit.
Além da capital e do litoral, manifestantes prometem paralisações em diversas cidades do interior paulista e da Grande São Paulo, como Osasco, Guarulhos, Ribeirão Preto, Franca, Campinas, Piracicaba, Sertãozinho, Mogi Guaçu.
Haverá manifestações também em Brasília e nos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Colaborou com esta notícia o internauta Cláudio Mouta Rodrigues, de São Vicente (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.