SP: secretário descarta intervenção federal para conter 'rolezinho'

Fernando Grella afirmou que não será necessário apoio do governo federal na questão do rolezinho

20 jan 2014 - 12h03
(atualizado às 12h37)

O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, afirmou nesta segunda-feira que a intervenção federal que deverá ser pedida pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) para conter os chamados “rolezinhos” não será necessária. De acordo com Grella, a polícia paulista está apta a trabalhar nessa nova onda de manifestação popular.

Para a Alshop, estes eventos geram insegurança e perturbam consumidores, o que leva os centros comerciais a preferirem fechar as portas para os horários em que são marcados. 

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Segundo o presidente da associação, Nabil Sahyoun, o objetivo é convencer a presidente Dilma Rousseff a convocar as lideranças dos rolezinhos para dialogar, da mesma forma como ela fez durante as manifestações do ano passado. Ele afirma que é preciso proibir a convocação para os rolezinhos. Sahyoun também pede que o policiamento nos centros comerciais seja reforçado e que os organizadores sejam punidos e, no caso de serem menores, os seus pais. 

“Estes encontros, por si só, não justificam uma ação policial, até mesmo para fazer triagem de quem deva ou não entrar em shopping. Eles vão sempre e necessariamente justificar ação policial quando houver quebra da ordem. A intervenção federal, em termos de segurança pública, não é necessária. O que eu vi sobre intervenção federal foi sobre o contato, a interlocução do governo federal com os movimentos. Em termos de garantia, a polícia está e estará apta a agir sempre que houver tumulto ou atos de vandalismo”, disse o secretário.

"Não tem preconceito", diz presidente da Associação de Shoppings
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Grella comentou também sobre um baile funk que terminou em confusão na noite deste domingo no bairro da Penha, na zona leste. Segundo informações da Polícia Militar, a corporação foi acionada por causa da festa, que prejudicava o trânsito. Com a abordagem policial, cerca de 2 mil jovens se dispersaram e começaram o tumulto. Parte dos adolescentes partiu para avenida São Miguel, onde incendiaram lixeiras no meio da via, interditando o tráfego. Outra parte do grupo seguiu para o supermercado Extra que fica na região e começou a depredar o estabelecimento. De acordo com a PM, os jovens quebraram vidraças e invadiram o local, provocando correria. Ninguém se feriu durante a ação e nenhuma pessoa foi presa.

“No episódio desta noite, houve intervenção da polícia porque não se tratou apenas de um rolezinho. Foram atos de vandalismo, com quebra de ordem que justificaram a ação da polícia. O que temos é que a polícia fez a intervenção em razão dos saques. A polícia acompanha esses movimentos, ela exerce seu papel de acompanhamento e a intervenção se dá quando acontece quebra da ordem”, disse Grella.

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Fonte: Terra
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