SP volta a ser palco de atos contra reajuste no transporte

Movimento Passe Livre realiza "aula pública" em frente à prefeitura, nesta segunda, e protesto em frente ao Theatro Municipal, na sexta, contra reajuste das tarifas do transporte coletivo

5 jan 2015 - 07h21
(atualizado às 13h13)

Após um intervalo de quase um ano e meio, as manifestações contra o reajuste das tarifas de transporte voltam à cena na cidade de São Paulo esta semana. Nesta segunda-feira, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) realizarão uma “aula pública contra a tarifa” em frente à prefeitura da cidade, no Viaduto do Chá, região central. Na próxima sexta-feira, o movimento organiza um protesto em frente ao Theatro Municipal, também no centro.

<p>Manifestações do MPL em São Paulo, em junho de 2013, fizeram eclodir atos por todo o País - como o de Brasília, na foto - contra o reajuste das tarifas de transporte coletivo</p>
Manifestações do MPL em São Paulo, em junho de 2013, fizeram eclodir atos por todo o País - como o de Brasília, na foto - contra o reajuste das tarifas de transporte coletivo
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

As manifestações foram programadas após o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciar, no dia 26 de dezembro, que a partir desta terça-feira (6) a tarifa de ônibus vai subir de R$ 3,00 para R$ 3,50 (reajuste médio de 7,92%), enquanto as tarifas do bilhete único nas modalidades mensal, semanal e diário (validade de 24 horas) ficarão congeladas.

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O valor do bilhete único integrado com o Metrô e os trens da CPTM ficará em R$ 5,45. Por outro lado, estudantes de escolas públicas e universitários do Prouni, Fies e cotistas serão beneficiados pelo passe livre.

As tarifas de metrô e trem também serão reajustadas, confirmou o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

“Cada vez que a tarifa sobe, aumenta o número de pessoas excluídas do transporte coletivo. Com menos gente circulando, novos aumentos serão necessários, numa espiral que diminui cada vez mais o direito à cidade da população. Entre nós e a cidade (que nós mesmos fazemos funcionar!) existe uma catraca que cobra cada vez mais caro. É que para os de cima, ninguém tem que sair da periferia se não for para trabalhar ou - se tiver dinheiro - para consumir. Além disso, nos obrigam a pagar por ônibus lotados em linhas e trajetos sobre os quais nada decidimos”, diz o MPL em trecho de um manifesto de convocação ao protesto do dia 9.

“Cobrar pelo transporte – que deveria ser público de verdade – e ainda aumentar esse preço é uma escolha política pela exclusão de pessoas e em favor do lucro dos empresários de ônibus. Este aumento soa mais absurdo quando constatamos que uma auditoria acaba de provar que milhões foram desviados pelas empresas do transporte. Reduzir seu lucro exorbitante e cobrar o dinheiro roubado seria suficiente para manter o preço da tarifa ou até mesmo reduzi-la”, finaliza o movimento, para quem o passe livre estudantil anunciado pela prefeitura “não é tarifa zero”.

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Fonte: Terra
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