A advogada Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, enviou um falso ultrassom ao ex-namorado três dias antes do crime, em Goiás. De acordo com o que foi investigado pela Polícia Civil, ela fingia gravidez para manter para manter o relacionamento.
O crime aconteceu no dia 17 de dezembro. Segundo com as investigações, no dia 14, três dias antes, ela enviou ao ex-namorado e publicou nas redes sociais um exame de ultrassonografia com idade gestacional de 23 semanas.
“No entanto, de acordo com informações do ex-namorado, quando foi internada depois do crime o exame de Beta HCG deu ‘zerado’, o que indica que não estava grávida há pelo menos 1 mês. Ou seja, o exame apresentado por Amanda era falso”, explicou a PC.
A PC informou ainda que, depois da repercussão do caso, outros homens se apresentaram à Delegacia de Homicídios afirmando que foram vítimas de golpes praticados pela advogada, que supostamente forjava testes positivos de gravizes para constrangê-los.
Outros crimes
Além deste caso, os investigadores revelaram o envolvimento de Amanda com outros crimes em Goiás e em outros estados. Sendo eles, em Goiás, notícia de crime sexual envolvendo menores (detalhes foram mantidos em sigilo); no Rio de Janeiro, estelionato/fraude e falsidade ideológica, ambos do tipo doloso consumado.
Segundo a PC, há a possibilidades da advogada também ter cometido crimes em Pernambuco, mas ainda não obtiveram as ocorrências.
Relembre o caso
O caso aconteceu no dia 17 de dezembro após Leonardo e a mãe passarem mal pensando, inicialmente, terem sido intoxicados com bolos de uma famosa doceria de Goiânia, a Perdomo Doces. As investigações, no entanto, descartaram a possibilidade suspeitando de envenenamento. Mãe e filho morreram com horas de diferença.
Leonardo Pereira Alves foi o primeiro a morrer. Em uma publicação em uma rede social, sua filha, Maria Paula Alves, lamentou a morte e deu detalhes sobre como tudo ocorreu.
Segundo ela, o pai acordou, "comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem credificado, mas acabou passando mal."
"Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando a óbito. Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas", continuou Maria Paula.
Na mensagem, ela frisou que não queria apontar culpados, nem procurar motivos para a morte precoce do pai. "O texto é sobre o senhor ter sido --e ainda ser-- o maior exemplo de homem/pai que eu encontrei", escreveu na publicação feita na noite de domingo, 17.
Horas depois, Maria Paula informou que a sua avó também não resistiu e morreu na madrugada desta segunda-feira, 18: "Ontem minha vovó passou mal junto com meu pai, foi internada no mesmo momento, mesma UTI, aguentou mais tempo mas hoje de madrugada foi acompanhar o meu papai no céu."
A suspeita, a advogada Amanda Partata, foi presa temporariamente na quarta-feira, 20. A Polícia Civil defende que o crime teria sido motivado pelo "sentimento de rejeição que Amanda teve no relacionamento" com o ex-namorado.