RIO - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou em nota divulgada nesta segunda-feira, 15, que, se não houver vacina ou remédio eficiente contra a covid-19, não deve retomar as aulas neste ano. "Se não houver alternativas, como a vacina ou medicamento eficaz contra a covid-19, o retorno presencial completo não será possível no ano de 2020", diz a nota, por meio da qual a universidade - a maior federal do país, com cerca de 67 mil alunos - afirma ser preciso "discutir com responsabilidade e coerência a possibilidade do retorno progressivo de parte das nossas atividades no formato remoto emergencial, para que o ano acadêmico de 2020 não seja completamente perdido".
Para esse debate sobre o retorno de parte das atividades no formato remoto, foi criada a Comissão de Formas Alternativas de Ensino, sob a coordenação da Vice-Reitoria, que analisa as demandas necessárias para a retomada das atividades acadêmicas de graduação, pós-graduação e extensão.
A nota registra que nesta terça-feira, 16, a UFRJ completará 90 dias de atividades presenciais suspensas - só as essenciais permaneceram. "Ainda resta muita incerteza sobre quando ou como ocorrerá o nosso retorno presencial, mas a Administração Central da Universidade tem agido de maneira responsável, sempre baseada em critérios técnico-científicos, desde o início da pandemia", afirma a nota.
"Mais recentemente, o Grupo de Trabalho Pós-Pandemia foi constituído, sob a coordenação da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, para estudar as fases de um retorno gradual e definir os cuidados adicionais necessários à condução segura de nossas atividades. Esse grupo mantém estreita interlocução com o Grupo de Trabalho Multidisciplinar sobre o Coronavirus Disease-19, composto por especialistas das diferentes áreas da UFRJ", diz a nota. "Em breve serão propostas as fases para o retorno progressivo na pós-pandemia. Pretendemos ter um plano de retorno que seja referência para o Estado do Rio de Janeiro, com base no diálogo permanente dentro e fora da comunidade universitária", segue. "Os colegiados superiores da UFRJ (Conselho Universitário, Conselho de Ensino de Graduação, Conselho de Ensino para Graduados e Conselho de Extensão Universitária) - todos com representação de professores, estudantes e técnicos-administrativos - têm realizado reiterados debates sobre a transição de parte das nossas atividades para os ambientes virtuais e apresentado propostas para avançarmos na definição das condições e fases a seguir com segurança, garantindo a inclusão, a qualidade das atividades acadêmicas e o apoio psicológico e de saúde mental ao nosso corpo social neste cenário de exceção", conclui a UFRJ.