Sem chuva significativa há quase um mês, a cidade de São Paulo continua com tempo quente e seco nesta terça-feira (24). Segundo previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, a capital deve registrar máxima de 31 ºC durante a tarde, temperatura elevada para essa época do ano, enquanto o índice de umidade oscila em torno dos 20%, abaixo do considerado ideal.
Às 10 horas, o índice de umidade na cidade era de 44,3%, com tendência de queda. A capital tem registrado níveis decrescentes, na casa dos 20%, a partir do meio-dia. Quando essa taxa fica entre 21% e 30%, a cidade entra em estado de atenção. Abaixo desse patamar, já é considerado nível de alerta.
O tempo seco e a ocorrências de incêndios - como o do Parque do Juquery, na Grande São Paulo que consumiu 65% da área da unidade protegida na Grande São Paulo entre domingo e segunda - pioram a qualidade do ar. Idosos e crianças têm sensibilidade maior a essas mudanças. A baixa umidade também dificulta a dispersão de poluentes no ar, formando uma camada escura no céu e agravando os efeitos da poluição.
Nos próximos dias, a tendência é que o tempo continue da mesma forma, com potencial para novos recordes de calor no inverno. O calor aumenta na quarta-feira (25) quando os termômetros podem alcançar máxima de 32 °C no meio da tarde. Até quinta-feira (26), os índices de umidade devem continuar próximos ou abaixo dos 20%.
Umidificação e ingestão de líquidos amenizam efeitos
Autoridades e especialistas recomendam algumas adaptações na rotina para sofrer menos com os efeitos do tempo seco. Veja alguma delas:
- A Prefeitura desaconselha exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 17h.
- É recomendável umidificar os ambientes utilizando bacias com água, toalhas molhadas ou vaporizadores.
- A ingestão de líquido é fundamental, sobretudo para crianças e idosos
- O tempo extremamente seco favorece o agravamento de alergias em crianças, por exemplo. Há, inclusive, risco de confusão de casos alérgicos com a covid-19, o que desafia os médicos no diagnóstico, segundo Marco Aurélio Sáfadi, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.