vc repórter: saiba como denunciar focos de dengue em SP

Caixas d’água destampadas, recipientes com acúmulo de água, terrenos com potencial para tornarem-se criadouros do Aedes aegypti, entre outros casos, podem ser relatados à prefeitura de São Paulo

16 abr 2015 - 15h45

m meio aos riscos da contaminação pelos vírus da dengue, a população de São Paulo tem procurado tomar os devidos cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti em casa. Mas, e quando o foco da doença está em um terreno vizinho? Confira algumas informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para saber como as denúncias podem ser feitas e de que forma elas são tratadas pela prefeitura após o registro.

Caixas d’água destampadas, recipientes com acúmulo de água, terrenos com potencial para tornarem-se criadouros do Aedes aegypti, entre outros casos, podem ser relatados à administração municipal. As denúncias sobre focos de dengue devem ser feitas por meio da central de atendimento do 156 e do SAC (Sistema de Atendimento ao Cidadão ), via Internet. A secretaria explicou que toda reclamação enviada entra no sistema do órgão ou unidade requerida e é atendida de acordo com a urgência. Se não for algo que exija uma atuação imediata, a demanda entra no cronograma e é atendida pela sequência de data.

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Quando um caso de dengue é confirmado e a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) é notificada, uma equipe é enviada para fazer um trabalho de bloqueio de criadouros. A nebulização, ou fumacê, é a última instância do processo de combate à doença. No caso de denúncia de terrenos particulares, a Vigilância notifica o proprietário. Se não houver providências, é necessária ação judicial para entrar no local.

Um exemplo de tais registros é a denúncia feita pelo leitor Renan Pelizzari Pereira ao canal vc repórter, em março deste ano. Ele relatou que uma das caixas d’água da lanchonete Burger Lab, no bairro de Moema, zona sul da capital, ficou aberta por vários dias, funcionando como possível criadouro do Aedes Aegypti.

Caixa d'água de lanchonete ficou destampada por vários dias
Caixa d'água de lanchonete ficou destampada por vários dias
Foto: Renan Pelizzari Pereira / vc repórter

No dia 17 de março, Renan comunicou a prefeitura sobre o caso. Procurada pelo Terra, o órgão, por meio da Covisa, informou que, uma equipe da Suvis (Supervisão de Vigilância em Saúde) Vila Mariana/Jabaquara esteve no local, no dia 27, para verificar a denúncia. Os agentes conversaram com a responsável, a situação da caixa d`água foi regularizada, com a tampa colocada e amarrada, e o problema foi resolvido.

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Paralelamente às verificações das denúncias, é realizada, periodicamente, a Avaliação da Densidade Larvária (ADL), na qual se verifica quais são os principais criadouros (prato do vaso, pneus, caixa d’água destampada, calhas e todos os recipientes que acumulam água, entre outros). A prefeitura informou que, este ano, devido à crise hídrica, baldes, galões e tonéis também viraram focos da análise.

A Covisa possui um Grupo de Coordenação Geral das ações do Aedes, que realiza, permanentemente, durante todo o ano, o combate ao mosquito Aedes aegypti em toda a cidade. As operações se dividem em atuações preventivas e de bloqueio de transmissão.

A secretaria acrescentou ainda que a prefeitura reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses na capital, com visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. Para evitar a proliferação do mosquito da dengue, os agentes orientam que a população armazene água de forma adequada, mantendo os recipientes limpos e devidamente tampados.

Epidemia

Somente nos três primeiros meses deste ano, o Estado de São Paulo registrou 258 mil casos de dengue, número sete vezes superior ao mesmo período no ano passado. A marca de 2014 é suficiente para enquadrar o Estado em situação de epidemia. Na capital, 8.063 casos da doença foram confirmados e quatro pessoas morreram de 4 de janeiro até o dia 21 de março.

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O leitor Renan Pelizzari Pereira, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

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