vc repórter: SP usa mandado judicial em vistoria antidengue

Depois de realizar a primeira visita com autorização judicial, a prefeitura de Limeira afirmou que a proprietária da casa será autuada por recusa de vistoria e poderá ser multada

26 fev 2015 - 17h16

Após enfrentar resistência por parte de uma moradora, a prefeitura de Limeira, interior de São Paulo, recorreu à lei para conseguir que seus agentes entrassem em uma casa e realizassem uma vistoria contra a dengue. A primeira visita com mandado judicial aconteceu na última quarta-feira (25). A cidade decretou estado de emergência no início do mês, devido ao alto número de casos confirmados da doença. Até a última segunda-feira, o total era de 1878.

A administração municipal informou que, segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o uso de autorização judicial para este tipo de ação, determinado pelo prefeito Paulo Hadich, em 18 de fevereiro, só foi empregado após três recusas da moradora, nos dias 20, 23 e 24 de fevereiro. O órgão destacou que é necessário que a população se conscientize a respeito da importância do trabalho feito pelos agentes, colaborando com as ações preventivas.

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Para a primeira visita com mandado judicial, realizada em uma casa localizada no bairro Jardim Piratininga, a prefeitura contou com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), além da presença de funcionários do CCZ e da Vigilância Sanitária.

De acordo com a administração municipal, possíveis larvas do Aedes aegypti foram coletadas em um ralo na parte externa do imóvel. Uma lata de tinta e um copo de vidro também foram removidos, por serem propensos a acumular água de chuva. A prefeitura informou que a proprietária da casa será autuada por recusa de vistoria e poderá ser multada, de acordo com a nova legislação referente à dengue.

Estado de emergência por dengue

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No dia 5 deste mês, Limeira decretou estado de emergência em função da dengue. A medida foi tomada pelo prefeito Paulo Hadich, levando em consideração o alto número de casos confirmados da doença. Na ocasião, o total era de 812. O número chegou a 1878, na última segunda-feira.

Outra questão avaliada pela administração municipal foi o fato de que 90% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estavam nas residências dos moradores da cidade. A prefeitura informou que o prazo de vigência do decreto é de 90 dias, podendo ser prorrogado pelo período máximo de 180 dias.

O leitor Wagner Guidi, de Limeira (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

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