Veneno na farinha: caso do bolo começa a ser desvendado

Deise Moura dos Anjos foi detida no Presídio Estadual Feminino de Torres. Ela é acusada de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e uso de veneno

6 jan 2025 - 19h23

Uma mulher identificada como Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, foi presa acusada de envenenar um bolo que levou à morte de três pessoas de sua família. O caso ocorreu em 23 de dezembro de 2024 e chocou a comunidade local. As vítimas fatais são as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, além de Tatiana Denize Silva dos Anjos, filha de Neuza.

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

A investigação conduzida pela Polícia Civil aponta que Deise teria contaminado a farinha utilizada no preparo do bolo com arsênio. Análises preliminares do telefone da suspeita revelaram buscas na internet relacionadas à substância tóxica, fortalecendo as suspeitas. Exames periciais confirmaram concentrações extremamente elevadas de arsênio nos corpos das vítimas, sendo que uma delas apresentava níveis 350 vezes superiores ao limite letal.

Publicidade

Outras duas pessoas que consumiram o bolo também foram envenenadas, mas sobreviveram. Zeli dos Anjos, de 61 anos, que preparou o doce, segue hospitalizada em estado estável. Já uma criança de 10 anos, cuja identidade foi preservada, recebeu alta médica no último dia 3 de janeiro.

O delegado Marcus Vinícius Veloso, responsável pelo caso, informou que as provas colhidas até o momento indicam que Deise agiu de forma intencional. "As evidências são contundentes. Entretanto, não podemos divulgar detalhes sobre a motivação para não prejudicar o andamento das investigações", afirmou.

Deise Moura dos Anjos foi detida no Presídio Estadual Feminino de Torres. Ela é acusada de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e uso de veneno, além de tripla tentativa de homicídio sob as mesmas circunstâncias. Sua prisão temporária tem validade de 10 dias, prazo em que a polícia pretende concluir as investigações.

A defesa da suspeita declarou que ainda não teve acesso integral aos autos do processo e que se manifestará no momento oportuno. Enquanto isso, o caso segue mobilizando a opinião pública e levantando questionamentos sobre as circunstâncias do crime.

Publicidade
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações