Com ‘Ozzy Osbourne’, Bauru reúne 12 mil em ato contra Dilma

Com 6 mil confirmados nas redes, ato contra Dilma reúne o dobro em Bauru

15 mar 2015 - 14h21
(atualizado às 18h23)
<p>Manifestante aparece vestido de Ozzy Osbourne na cidade de Bauru</p>
Manifestante aparece vestido de Ozzy Osbourne na cidade de Bauru
Foto: Talita Zaparolli / Especial para Terra

Usando camisetas verde e amarela e cantando o Hino Nacional, algo em torno de 12 mil pessoas ocuparam uma das faixas da Avenida Getúlio Vargas na manhã deste domingo em Bauru, no interior de São Paulo, protestando contra a corrupção e pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O número manifestantes anti-governo superou a expectativa inicial dos líderes do movimento na cidade.  

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“Apesar de mais de 6,7 mil pessoas terem confirmado presença no evento criado no Facebook a gente esperava umas 500 no máximo. Reunimos 12 mil. Foi maravilhoso”, comemorou o comerciante Paulo Eduardo Ladeira, um dos organizadores.

Ladeira fez questão de exaltar que o ato não tem nenhuma ligação com partidos políticos. “A corrupção e a impunidade nos deixam sem perspectivas de um futuro melhor. A lei da ficha limpa, por exemplo, deveria ser ficha limpa mesmo. Não queremos ser representados por fichas sujas”, afirmou.

Muitas famílias, crianças e idosos aderiram ao chamado nacional e o clima foi pacífico durante todo o evento. O ponto de adesão foi na frente da delegacia da Polícia Federal, na Avenida Getúlio Vargas, localizada na zona sul, região nobre da cidade.

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O grupo percorreu 2,3 km até a Praça Portugal exclamando palavras de ordem e pedindo a saída da presidente. No local o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) recebeu, de forma simbólica, o pedido de impeachment de Dilma.

Os organizadores coletaram cerca de 600 assinaturas no dia anterior e vão remeter o pedido oficial a Brasília. “Mandamos as nossas assinaturas pra lá para juntar com as outras e os políticos darem entrada. Precisamos de pelo menos 1 milhão de assinaturas no país todo”, explicou Ladeira.

Reforma política

Ao lado da família o produtor rural Marcos de Azevedo participou da manifestação também é a favor de mudanças políticas no país. “Os insumos no Brasil estão muito tributados e o dinheiro é muito mal gasto. Não temos luz, não temos água e não vai ter caixa para produzir. E os políticos estão cada vez mais ricos”, criticou.

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“Não que realmente eu acredite que nós consigamos o impeachment pela necessidade de dois terços do Congresso. E se isso for para o STJ a gente sabe que quem está lá julgando a Lava Jato é o Toffoli, que foi advogado do PT por 20 anos. Estou aqui muito mais para falar sobre reforma política. O PT vai bater muito em abrir uma constituinte, sabe lá pra que. E, Deus me livre, eu quero continuar numa democracia e luto pela reforma política”, avaliou o administrador Diogo Brandão.

O aposentado Hélio Spinosa também defende uma ampla reforma política incluindo o fim da reeleição. “Precisamos renovar e acabar com os ‘políticos profissionais’ pra ver se esse país entra na linha”, justificou.

Cerca de 200 policiais militares reforçaram o patrulhamento em toda a região onde o protesto foi realizado. Segundo o capitão Heraldo Monteiro, não houve registros de ocorrências.

Da Praça Portugal os manifestantes retornaram ao ponto de partida. A marcha pró-impeachment terminou na frente da delegacia da Polícia Federal com um grande buzinaço. 

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Fonte: Terra
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