Com pouca chuva, Cantareira fica estável pelo 6º dia

Acumulado de chuva está abaixo de um quinto do total esperado para todo o mês de abril

17 abr 2015 - 15h40
Falta de chuvas emperra recuperação do Cantareira
Falta de chuvas emperra recuperação do Cantareira
Foto: Renato César Pereira / Futura Press

Ao contrário do que ocorreu na capital paulista e em alguns locais da região metropolitana de São Paulo, a chuva foi de fraca intensidade sobre as cabeceiras do Sistema Cantareira de ontem (16) para hoje (17), com apenas 0,6 milímetros (mm). Tendo ultrapassado a metade do mês, o acumulado de chuva nesse manancial está abaixo de um quinto do total esperado para todo abril, somando 15,7 mm, o equivalente a 17,6% da média histórica do mês (89,1 mm).

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Mesmo com pouca chuva, desde o último sábado (11), o nível do Cantareira mantém-se estável, segundo a medição diária feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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Por determinação judicial, a Sabesp passou a detalhar as oscilações do conjunto dos seis reservatórios que formam este Sistema. A medida refere-se à uma liminar obtida pelo Ministério Público Estadual que obriga à divulgação dos índices negativos para maior conscientização da população quanto à necessidade de economia no consumo de água.

De acordo com essa forma de divulgação, o nível da armazenagem está 9,3% abaixo das comportas, com represamento equivalente a 15,4% em relação à capacidade total de produção de água. Pela metodologia antiga, o volume útil (água que fica acima das comportas) fica em 19,9%.

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Com as chuvas mais abundantes nos meses de fevereiro e março foi possível preencher as áreas mais profundas das represas no nível da segunda cota do volume morto (água que fica abaixo das comportas), mas esse manancial precisaria de mais 91,6 bilhões de litros de água para alcançar a marca inicial do volume útil. O armazenamento disponível hoje para o abastecimento está em 195,9 bilhões de litros.

Em razão da crise hídrica, as retiradas de água do volume morto ou da reserva técnica começaram a ser feitas em 16 de maio do ano passado. Para minimizar os efeitos da escassez de água, entre outras medidas, a Sabesp passou a reduzir, gradativamente, as áreas atendidas pelo Cantareira. Antes da crise hídrica, o universo estava em torno de 9 milhões e, agora, caiu para 5,4 milhões.

A medida mais recente para aliviar a demanda foi incluir, pela primeira vez, o Sistema Rio Grande no abastecimento da capital. Segundo o anúncio feito no início desta semana, esse manancial passou a atender vários bairros da zona sul que antes eram abastecidos com água da Represa do Guarapiranga. Diante disso, a sobra de água no Guarapiranga está sendo destinada a parte da demanda do Cantareira, atendendo em torno de 250 mil pessoas.

De ontem para hoje, em três dos cinco mananciais restantes administrados pela Sabesp também foram registradas estabilidade no nível; um baixou e outro subiu. No Alto Cotia, o nível aumentou de 65% para 65,2%; No Rio Grande caiu de 96,5% para 96,3% e nos demais sem alterações: Alto Tietê ( 22,1%); Guarapiranga (83,3%) e Rio Claro (45%).

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Agência Brasil
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