Dono de uma pizzaria com três lojas na zona norte do Rio, Romulo Lavoro também se engajou na onda de solidariedade que vem crescendo na cidade e em outras partes do país. Mesmo com seu comércio parcialmente fechado – só tem atuado no sistema delivery -, e acúmulo de prejuízo nas últimas semanas, ele passou a fazer visitas a hospitais, postos de saúde, batalhões da Polícia Militar e em quartéis do Corpo de Bombeiros para distribuir pizzas.
Iniciou essa nova jornada na semana passada, quando doou 25 pizzas para militares no bairro do Méier e profissionais de saúde do Hospital Salgado Filho, na mesma região da cidade.
“A receptividade foi ótima. Essas pessoas precisam de todo o nosso apoio. São as que estão no front dessa batalha, correndo riscos”, disse Romulo, que preferiu não ter nenhuma foto sua divulgada. “Não quero aparecer, não é momento para isso.”
Para este final de semana, escolheu outro ponto da capital carioca para a doação – o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) localizada no mesmo bairro e uma unidade de saúde do Engenho Novo – todos também na zona norte.
Já programou até a terceira visita – Hospital Carlos Chagas e uma instalação da UPA, ambas em Marechal Hermes, na mesma região do Rio.
A iniciativa de Romulo foi prejudicada por um imprevisto no sábado (28 de março). Numa de suas lojas, em Tomás Coelho, dois assaltantes o abordaram e roubaram seu smartphone e pouco mais de 1 mil reais. Mesmo assim, ele não esmoreceu.
“Isso me abalou, mas continuo firme no propósito de ajudar. Se cada um agir assim, doando um litro de leite ou uma sacola com pães, ou o que for possível, a situação de muita gente vai deixar de ser dramática.”