Conflito Israel-Hamas: quem são as vítimas internacionais

A BBC fez uma lista das informações divulgadas sobre essas pessoas desaparecidas desde o início dos ataques em Israel.

10 out 2023 - 17h43
(atualizado às 18h21)
Os Estados Unidos dizem que nove cidadãos do país foram mortos
Os Estados Unidos dizem que nove cidadãos do país foram mortos
Foto: EPA / BBC News Brasil

Diversas pessoas que estão entre os mortos e desaparecidos durante o ataque do grupo militante palestino Hamas a Israel são estrangeiros.

A BBC fez uma lista das informações divulgadas sobre essas pessoas desde o início dos ataques:

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Estados Unidos

Nove cidadãos norte-americanos foram mortos, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do país.

"Expressamos as nossas mais profundas condolências às vítimas e às famílias de todos os afetados e desejamos aos feridos uma rápida recuperação", disseram.

"Continuamos monitorando a situação de perto e permanecendo em contato com nossos parceiros israelenses, especialmente com as autoridades locais".

As identidades dos mortos ainda não foram confirmadas, enquanto outros ainda estão desaparecidos.

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Entre eles, está Hersh Golberg-Polin, um cidadão com cidadania americano-israelense, de quem não se tem notícias desde a manhã de sábado (7/10).

De acordo com o jornal Jerusalem Post, ele se mudou da Califórnia, nos EUA, para Israel com sua família aos 7 anos de idade e terminou o serviço militar obrigatório em abril de 2023.

Em entrevista à CBS, o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, disse entender que os americanos estavam entre os reféns feitos pelo Hamas, embora não haja um número claro de quantos.

Canadá

A Global Affairs Canada, uma agência do governo canadense, disse estar ciente de relatos de que um cidadão do país morreu e outros dois estão desaparecidos.

Ben Mizrachi, da Colúmbia Britânica, está entre eles, informou a CTV News.

Mizrachi se formou na King David High School de Vancouver há cinco anos e participava de um evento no sul de Israel, disse a escola.

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A agência informou que há 1.419 canadenses registrados em Israel e 492 nos territórios palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza - mas ponderou que esse registro era voluntário e provavelmente representa um número incompleto de seus cidadãos.

O primeiro-ministro britânico, Justin Trudeau, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para expressar suas "profundas condolências".

O Canadá incentivou seus cidadãos a se registrarem no Global Affairs Canada e disponibilizou um número de contato de emergência.

Reino Unido

Um funcionário disse à BBC que mais de 10 cidadãos britânicos estão mortos ou desaparecidos.

Nathanel Young, um britânico que serve nas forças armadas israelenses, foi confirmado como morto. Dois outros cidadãos britânicos - Jake Marlowe e Dan Darlington - estão desaparecidos.

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Nathanel Young era um ex-aluno da JFS, uma escola judaica em Londres
Foto: FAMILY HANDOUT / BBC News Brasil

Marlowe trabalhava como segurança no festival de música no sul do país. Ele é tido como desaparecido.

Bernard Cowan, de Glasgow, na Escócia, também foi identificado por familiares nas redes sociais como tendo sido morto no ataque.

Ele cresceu na região de Glasgow e se estabeleceu em Israel, onde morava com sua esposa e três filhos.

A escola do norte de Londres frequentada por Young, de 20 anos, está "devastada" pela morte dele, disse o diretor.

Bernard Cowan estava entre os mais de 10 cidadãos britânicos vítimas do ataque
Foto: COWAN FAMILY / BBC News Brasil

Ele frequentou a mesma escola - a JFS Jewish School, no norte de Londres - que Marlowe, de 26 anos.

O primeiro-ministro Rishi Sunak disse ter garantido ao seu homólogo israelense, Benjamin Netanyahu, o "apoio inabalável do Reino Unido enquanto Israel se defende".

França

Dois franceses foram mortos nos ataques do Hamas, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, e outros 14 estão desaparecidos.

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Representante dos cidadãos franceses no exterior, Meyer Habib, disse que um dos reféns feitos pelo Hamas seria um homem de 26 anos de Bordéus que estava no festival Supernova no sul de Israel.

Ele contou que o pai deste homem disse que o filho dele, Avidan, estava sendo mantido como refém pelo Hamas.

Tailândia

A Tailândia disse que 18 dos seus cidadãos foram mortos, de acordo com os últimos números.

Ao menos 11 cidadãos tailandeses foram feitos reféns, disse o Ministério das Relações Exteriores.

O Ministério das Relações Exteriores da Tailândia disse que os aviões da Força Aérea estavam de prontidão para levar seus cidadãos para casa.

Há cerca de 30 mil tailandeses em Israel que trabalham na agricultura, muitos deles perto da fronteira com Gaza. O Ministério das Relações Exteriores diz que 3.226 querem ser repatriados de Israel.

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Nepal

O Nepal disse que 10 dos seus cidadãos foram mortos.

O país confirmou no domingo que se tratavam de estudantes que foram para Israel trabalhar e adquirir conhecimento numa empresa agrícola.

Outros 265 estudantes do Nepal também trabalham em diversas fazendas, com outros 4.500 nepaleses que atuam como agricultores.

Alemanha

Acredita-se que a cidadã germano-israelense Shani Louk tenha sido retirada do festival Supernova, mas ainda não está claro se ela está viva.

"Minha filha, Shani Nicole Luke, cidadã alemã, foi sequestrada junto com um grupo de turistas", disse a mãe dela, Ricarda Louk, em um vídeo após o ataque.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha também disse que tinha de assumir que os alemães estavam entre os raptados pelo Hamas e que acreditava que essas pessoas também eram cidadãos israelitas.

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Shani Louk - retratada aqui em foto no México - estava participando de um festival em Israel quando desapareceu
Foto: SHANI LOUK'S INSTAGRAM / BBC News Brasil

Áustria

O Ministério das Relações Exteriores da Áustria afirma que três israelenses austríacos que estavam no sul de Israel podem ter sido feitos reféns pelo Hamas, mas a situação ainda não está clara e não há confirmação.

Itália

Um casal italiano que vivia no Kibutz Be'eri está entre os desaparecidos no sul de Israel, disse o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.

O marido e a mulher, que têm dupla cidadania, não atenderam aos telefonemas da família, disse ele à TV italiana. "Esperamos encontrá-los, mas no momento não temos mais notícias. Provavelmente foram feitos reféns", disse ele.

Brasil

Os brasileiros Bruna e Ranani foram encontrados mortos após ataque do Hamas em Israel
Foto: FOTOMONTAGEM COM IMAGENS DO INSTAGRAM / BBC News Brasil

O Itamaraty confirmou nesta terça-feira (10/10) a morte do gaúcho Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos, e da carioca Bruna Valeanu, de 24.

Ambos estavam em uma festa rave no deserto, a 5 km da Faixa de Gaza, quando foram atacados pelo grupo militante palestino Hamas em Israel no sábado (7/10). Desde então, os dois estavam desaparecidos.

Outro brasileiro ficou ferido no ataque e ainda há um desaparecido.

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Bruna morava na cidade de Petah Tikva, em Israel. Ela tinha se mudado para o país em 2015 e estudava comunicação social e sociologia em uma universidade em Tel Aviv.

Camboja

O primeiro-ministro do país, Hun Manet, confirmou que um estudante foi morto.

China

Uma chinesa-israelense nascida em Pequim chamada Noa Argamani está entre as pessoas retiradas do festival Supernova, de acordo com a Embaixada de Israel na China.

A embaixada publicou um vídeo do que afirma ser o sequestro.

Paraguai

O governo do país disse que dois dos seus cidadãos estão desaparecidos, sem dar mais detalhes. Há relatos na imprensa nacional de que um casal foi morto.

México

A ministra das Relações Exteriores, Alicia Barcena, escreveu nas redes sociais que dois mexicanos foram feitos reféns, mas não deu mais detalhes.

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Irlanda

Kim Danti, uma mulher irlandesa-israelense de 22 anos, está desaparecida.

A RTÉ, emissora irlandesa, informa que ela foi vista pela última vez no festival de música. Taoiseach Leo Varadkar disse que a Embaixada da Irlanda no país estava cuidando do assunto.

Tanzânia

A embaixada da Tanzânia em Israel está tentando localizar dois estudantes tanzanianos que estavam fazendo estágio em administração.

O Embaixador Alex Kallua disse que a equipe dele tem mantido contato com aproximadamente 350 tanzanianos em todo o país - a maioria é estudante.

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