O Conselho Nacional da Amazônia está considerando adotar medidas para melhorar o quadro institucional para o trabalho entre agências do governo, o setor privado e a sociedade civil na Amazônia, afirmou o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que é presidente do conselho, em carta aberta a parlamentares europeus nesta sexta-feira.
"Nossa visão é que todas as partes se beneficiarão de uma estrutura institucional mais coordenada e organizada para interação com o governo brasileiro", disse.
"Nosso objetivo é alcançar maior eficiência e transparência no diálogo entre o governo e as partes interessadas locais, e não há intenção de limitar ou restringir a liberdade da sociedade civil e dos atores privados que estão legalmente trabalhando na Amazônia", completou Mourão, em carta em inglês com tradução livre.
Na véspera, também em carta, parlamentares europeus demonstraram a Mourão preocupação com os planos do governo de interferir na ação de organizações não-governamentais (ONGs) que atuam na Amazônia. Na resposta nesta sexta, o vice-presidente exaltou a oportunidade do diálogo e rebateu essa preocupação dos europeus.
"A proposta de controlar as ONGs não corresponde ao nosso pensamento, nem às atividades realizadas pelo Conselho da Amazônia. Essas preocupações são infundadas", afirmou.