Correios analisam reivindicações dos trabalhadores

31 jul 2014 - 13h47

Com data base marcada para amanhã, primeiro dia de agosto, trabalhadores e Correios abriram as negociações para evitar uma possível greve a partir de 18 de setembro. Nesta quarta, a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) entregou ao presidente em exercício da empresa, Nelson Luiz Oliveira de Freitas, a lista de reivindicações da categoria. Os trabalhadores pedem, entre outras demandas, reposição da inflação registrada no período (6,4%), além de 8% de aumento real e 11,93% relativos às perdas salariais do plano real. A entidade pede, também, reajuste linear de R$ 300 para todos os trabalhadores.

De acordo com o diretor da Fentect, James Magalhães, os trabalhadores querem aumento no valor do vale alimentação dos atuais R$ 28 para R$ 40, por dia; piso salarial de R$ 3.079. “A exemplo do que reivindicamos no ano passado, queremos também medidas contra o Postal Saúde, porque nosso atendimento médico tem piorado sensivelmente. Vários médicos se descredenciaram por falta de pagamentos (que deveriam ter sido feitos pela ECT). Além disso, demora-se muito para obter autorizações. Seja para uma simples obturação, seja para procedimentos cirúrgicos”, disse Magalhães. Outra demanda apresentada pela federação é uma  jornada de 6 horas para atendente comercial e segurança nas agências.

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“Já agendamos uma assembleia para o dia 17 de setembro. Com isso há possibilidade de greve a partir do dia 18 de setembro. Para que isso não aconteça, esperamos que a ECT comece o calendário para atender aos anseios de seus trabalhadores”, acrescentou o dirigente sindical que reclama de a empresa nos últimos três anos só ter negociado via Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Contatada pela Agência Brasil, a ECT informou que está analisando as pautas e o o impacto que ela poderá causar na folha de pagamento da empresa e identificar quais demandas podem ser atendidas. As primeiras reuniões para negociações das pautas de reivindicações estão previstas para os dias 6 e 7 de agosto. Por e-mail, a assessoria da empresa explica que “o fato de não chegarmos a acordo e termos que levar o dissídio para o TST não significa que não houve negociações. Temos feito várias negociações nos últimos três anos com as entidades sindicais, só na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) foram firmados 16 acordos nos últimos 9 meses, por exemplo”.

A estatal ressalta que está “sempre aberta" ao diálogo com a representação dos trabalhadores, o que motivou a criação da mesa de negociação, onde foram firmados os Termos de Acordo. A ECT reitera “sua disposição para continuar a dialogar com as entidades representativas dos empregados, com o intuito de fechar um acordo que seja o melhor possível para todos os trabalhadores e trabalhadoras como também para os Correios”, e que fará todos os esforços para evitar paralisações. A entidade destaca que caso a greve ocorra, estará “preparada para implementar o plano de continuidade de negócios, a fim de não causar prejuízo aos seus clientes”.

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Agência Brasil
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