Os Correios fazem, neste fim de semana, um mutirão de entrega de cartas e encomendas nos Estados onde ainda há paralisação parcial de seus trabalhadores. O objetivo da empresa é "colocar em dia" a entrega de correspondências nessas localidades. Nos mutirões realizados nos fins de semana anteriores, foram entregues 5,5 milhões de cartas e encomendas e 7,5 milhões, respectivamente.
De acordo com os Correios, 93,43% dos funcionários trabalharam na sexta-feira, em número apurado por meio do sistema eletrônico de presença da empresa. Nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, de Rondônia e do Amapá, na região metropolitana de São Paulo e no município de Bauru (SP), já não há mais paralisação.
O fim da greve dos Correios poderá ser determinado na próxima terça-feira, quando está marcado o julgamento do dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O relator será o ministro Fernando Eizo Ono, que irá decidir se os trabalhadores deverão retomar as atividades, qual será o reajuste aplicado aos salários e como deverá ser a reposição dos dias parados.
A greve dos funcionários dos Correios será julgada pelo TST porque a empresa e os trabalhadores não chegaram a um acordo em relação às condições de reajuste salarial. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) está convocando os trabalhadores para um ato público na próxima quinta-feira em frente à sede da empresa, em Brasília. Segundo a entidade, está confirmada a vinda de ônibus de diversos estados para a mobilização.