CPI incluirá mensagens de celular de Bolsonaro em relatório

"Será responsabilizado por disseminar fake news e desincentivar a vacinação", disse Renan Calheiros sobre o chefe do Executivo

1 out 2021 - 14h27
(atualizado às 14h49)
Omar Aziz (centro), presidente da CPI da Covid; Randolfe Rodrigues, vice (à esq.); e o relator Renan Calheiros
Omar Aziz (centro), presidente da CPI da Covid; Randolfe Rodrigues, vice (à esq.); e o relator Renan Calheiros
Foto: Agência Senado / Estadão Conteúdo

A CPI da Covid do Senado vai incluir mensagens disparadas pelo presidente Jair Bolsonaro pelo WhatsApp como um dos elementos para justificar o pedido de indiciamento do chefe do Executivo Federal por crimes no enfrentamento à pandemia de coronavírus, afirmou nesta sexta-feira, 1º, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).

Renan confirmou, em entrevista à emissora GloboNews, informação que havia sido publicada mais cedo pelo jornal O Globo.

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"As mensagens enviadas por Bolsonaro à sua lista de contatos disseminando fake news sobre a vacina da Pfizer constará no relatório, como também constarão outras postagens e declarações do presidente para desincentivar a vacinação. Bolsonaro será responsabilizado por disseminar fake news e desincentivar a vacinação", disse ele ao jornal.

Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) não respondeu de imediato a pedido de comentário.

Jair Bolsonaro REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

No relatório final, segundo Renan, será feito um pedido de responsabilização do presidente Bolsonaro, que será "exemplar", e também do Estado brasileiro.

"O Brasil pagou o preço dessa irresponsabilidade toda em vida, que se transformou num morticínio no mundo com 600 mil vidas", disse Renan à GloboNews.

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"Vamos estabelecer direitos para que vítimas da Covid-19 possam ser ressarcidas", acrescentou.

A comissão de inquérito deverá votar um relatório final no dia 20 de outubro, e na próxima semana deverá tomar os últimos depoimentos.

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