CPI da Petrobras ouvirá ao menos 19 presos em Curitiba

Vice-presidente da CPI, Antonio Imbassahy (PSDB) garantiu que as sessões serão abertas, com possibilidade de cobertura da imprensa

24 abr 2015 - 16h36
(atualizado às 16h46)
Data das oitivas ainda será definida, devendo ocorrer em maio
Data das oitivas ainda será definida, devendo ocorrer em maio
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Em reunião com onze parlamentares que compõem a CPI da Petrobras, o juiz federal Sérgio Moro autorizou, nesta sexta-feira (24), a realização de sessões da CPI em Curitiba para que presos na operação Lava Jato sejam ouvidos pela comissão. Os depoimentos deverão ocorrer após o dia 11 de maio, quando se encerram os depoimentos no âmbito da Justiça Federal. Os deputados pretendem ouvir ao menos 19 envolvidos no esquema que estão presos no Paraná, entre eles, o ex-deputado federal André Vargas, cujo requerimento de oitiva ainda não foi apresentado na comissão.

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Um dos parlamentares que estiveram em Curitiba para a reunião com Moro, o vice-presidente da CPI, Antonio Imbassahy (PSDB) garantiu que as sessões serão abertas, com possibilidade de cobertura da imprensa e, provavelmente, ocorrerão na Assembleia Legislativa do Paraná. Ele não assegurou, no entanto, que os depoimentos serão transmitidos ao vivo pela TV Câmara, por questões de logística. Segundo o deputado, a CPI pretende concentrar todos os depoimentos em apenas uma semana.

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Imbassahy disse que a opção pela realização de sessões no Paraná visa facilitar o trabalho da comissão, evitando o trabalho excessivo com a transferência dos presos para Brasília, como ocorreu no caso do depoimento do ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, no mês passado. “O translado de cada preso é uma logística muito complicada, precisa de aeronave, escolta, entendemos que a vinda para cá seria mais eficiente. Se fizer na ponta do lápis e no desempenho do trabalho, ganhamos em agilidade”, disse.

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Ele negou que a ida dos parlamentares a Curitiba seja uma estratégia de diminuir a repercussão dos depoimentos de operadores acusados de envolvimento com partidos políticos, como o ex-diretor internacional da estatal, Nestor Cerveró, e o lobista Fernando Baiano, numa tentativa de blindar o PMDB, como chegaram a insinuar alguns parlamentares que discordam da ideia. “É apenas questão de logística. Se fossemos ouvir todos em Brasília, levaria mais de seis meses”, disse.

Em nota, o juiz Sergio Moro confirma o acordo com os deputados da CPI. "Foi realizada reunião entre Deputados Federais componentes da CPI da Petrobrás e o Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. O propósito da reunião foi definir procedimentos para compartilhamento do material probatório da Operação Lava Jato e ainda para a oitiva dos acusados e investigados presos em Curitiba. A data das oitivas ainda será definida, devendo ocorrer em maio", diz.

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Fonte: Especial para Terra
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