Defender impeachment é posição de golpe, diz Pepe Vargas

Vargas reafirmou o respeito à Constituição e defendeu a legitimidade do governo de Dilma, reeleita em 2014

6 jul 2015 - 18h15
(atualizado às 18h16)
"O Brasil, no passado, não respeitou a sua Constituição e caminhou para trás”, comparou o ministro
"O Brasil, no passado, não respeitou a sua Constituição e caminhou para trás”, comparou o ministro
Foto: Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, defendeu nesta segunda-feira (6) o governo da presidente Dilma Rousseff e disse que não há razões que justifiquem eventuais pedidos de impeachment. Segundo Vargas, quem defende o afastamento de Dilma tem posições golpistas.

“Não há nenhuma base constitucional e jurídica que dê justificação a um pedido de impeachment. Quem defende uma posição dessa natureza está defendendo uma posição de golpe ao Estado Democrático de Direito e à Constituição”, disse o ministro em entrevista após a cerimônia de sanção da Lei Brasileira de Inclusão.

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Vargas reafirmou o respeito à Constituição e defendeu a legitimidade do governo de Dilma, reeleita em 2014. “O que justifica a existência de um governo é o voto popular e não as pesquisas de opinião pública, que mudam ao longo do tempo. Temos um governo eleito democraticamente, legitimamente, e há que se respeitar a Constituição. O remédio é respeitar a Constituição. O Brasil, no passado, não respeitou a sua Constituição e caminhou para trás”, comparou.

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Mais cedo, o vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu o governo e criticou as tentativas de trazer a hipótese de impeachment de Dilma para o debate político. “A presidente está inteiramente tranquila em relação a isso, e todos achamos que é algo impensável para o momento atual. Vejo essa pregação com muita preocupação, porque não podemos ter uma tese dessa natureza sendo patrocinada por vários setores, temos que ter tranquilidade institucional”.

Dilma convocou o Conselho Político do governo para uma reunião às 18h, no Palácio da Alvorada, encontro que não estava previsto na agenda oficial até o começo da tarde. Devem participar os presidentes e líderes de todos os partidos que compõem a base aliada do governo.

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Agência Brasil
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