A Defesa Civil de Campinas decretou estado de emergência na tarde desta segunda-feira, quando os termômetros atingiram temperatura acima de 36ºC e umidade relativa do ar de 11,9%.
A combinação calor e baixa umidade, aliada à falta de chuva, contribui para que a sensação térmica seja ainda maior. O final de semana foi um dos mais quentes do ano, quando a máxima registrada foi de 36,7ºC.
Atendimento médico
Por conta do aumento da temperatura e dos baixos índices de umidade relativa do ar, sentidos nos últimos dias, o Hospital Municipal Dr. Mario Gatti vem registrando um aumento na procura por atendimento em torno de 15% a 20% diariamente.
O período seco e quente eleva os riscos à saúde das pessoas. As principais vítimas tendem a ser crianças e idosos, que podem sofrer desidratação e insolação.
O coordenador do Pronto Socorro Adulto (PSA) do hospital, Fabio Morano, ressaltou a importância da hidratação pró-ativa, quando os parentes oferecem líquidos com frequência, mesmo que idosos e crianças não peçam. “A sede é uma forma que o corpo encontra para alertar que precisa de líquidos, mas os idosos precisam receber água, sucos e outros líquidos. O mesmo ocorre com as crianças, que também não se hidratam corretamente.” Segundo Morano um dos sinais da desidratação é a urina escura e escassa.
Risco de queimadas
Não há condições para chuva nos próximos dias na região, pois não há umidade suficiente para provocar chuva, segundo informações do Cepagri da Unicamp. A expectativa é de chuva no início da próxima semana.
O quadro se agrava porque a umidade relativa do ar deve continuar baixa. Para os parâmetros da Organização Mundial de Saúde, patamares abaixo de 12% indicam “estado de emergência”, quando é necessário adotar cuidados com a saúde e com as queimadas.
A Defesa Civil está em alerta e trabalhando em apoio com a Secretaria de Serviços Públicos, Sanasa e com o Corpo de Bombeiros.