Defesa de Cerveró indica Dilma como testemunha e volta atrás

Ribeiro afirmou que a oitiva de Dilma não é necessária

26 jan 2015 - 21h49
(atualizado às 21h49)
Presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. 22/12/2014.
Presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. 22/12/2014.
Foto: Joedson Alves / Reuters

A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso durante a Operação Lava Jato, voltou atrás e pediu à Justiça Federal que a presidente Dilma Rousseff seja excluída do rol de testemunhas de defesa. Em documento protocolado mais cedo, o advogado Edson Ribeiro pediu que a presidenta fosse intimada.

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Na nova petição, Ribeiro afirmou que a oitiva de Dilma não é necessária, porque a compra de sondas de perfuração não passou pelo Conselho de Administração, chefiado pela presidente no momento da compra.

A defesa de Cerveró arrolou oito testemunhas de defesa na ação penal em que o ex-diretor é acusado de receber propina para facilitar a compra de sondas de perfuração, entre elas a presidente Dilma e o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli.

Ex-diretor da Petrobras, Nestor Ceveró, é preso pela PF
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Na ação penal, além de Cerveró, foram denunciados o doleiro Alberto Youssef; o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano; e Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção. Na denúncia, o Ministério Público (MP) sustenta que Cerveró, Soares e Júlio Camargo acertaram o pagamento de propina em contratos com a Petrobras.

De acordo com o MP, houve pagamento de US$ 15 milhões, em 2008, para que a Petrobras contratasse um navio-sonda a ser usado na perfuração de petróleo em águas profundas, na África. O valor do contrato era US$ 586 milhões. Segundo a denúncia, após a confirmação de que a propina seria paga, Cerveró atuou para fechar o negócio com o estaleiro Samsung Heavy. Após o acerto, Fernando Soares recebeu os valores indevidos e repassou parte para Cerveró.

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Agência Brasil
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