A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que irá à Organização das Nações Unidas (ONU) para denunciar o juz Sérgio Moro e reclamar de uma perseguição ao petista.
Os advogados de Lula pretendem usar a justificativa de um "Estado de exceção" no Brasil, o qual seria o motivo para a condenação, em segunda instância, do petista a 12 anos e um mês de prisão pelo triplex no Guarujá, imóvel que teria sido dado a Lula pela OAS em troca de favores em contratos com a Petrobras. Além disso, a defesa do ex-presidente irá contestar o velocidade no andamento da ação, o cerceamento de defesa e grampos telefônicos.
"Temos visto sistematicamente direitos e garantias serem desprezados, não só no caso do ex-presidente Lula", afirmou Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula.
Ainda de acordo com Zanin, a Justiça ignorou as provas de inocência do ex-presidente. O advogado também acusou Moro de parcialidade. Na última quarta-feira (24), Lula, de 72 anos, foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão, no processo referente ao seu apartamento tríplex no Guarujá (SP). O caso foi julgado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.