DF: condenado por atear fogo em índio quase vira policial

24 abr 2014 - 14h14
(atualizado às 14h15)

Após 17 anos, um dos condenados por incendiar o índio Galdino Jesus dos Santos em uma parada de ônibus em Brasília foi aprovado nas primeiras etapas do processo de seleção da Polícia Civil do Distrito Federal. Na época do crime, G.N.A.J. tinha 16 anos e foi condenado a cumprir pena de um ano no Centro de Reabilitação Juvenil, mas ficou internado na unidade por apenas três meses. 

Segundo a Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal, o candidato foi aprovado na fase biométrica, mas rejeitado na sindicância de vida pregressa e investigação social. Assim, ele foi eliminado do concurso. O processo seletivo para o preenchimento de vagas do cargo de agente da polícia começou no final de setembro de 2013. O salário inicial é de R$ 7.514,33. De acordo com o edital, a vida pregressa tem caráter eliminatório na seleção. O concurso é realizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). 

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G.N.A.J. foi um dos cinco jovens condenados pelo envolvimento no assassinato de Galdino, 44 anos, em 20 de abril de 1997, um dia após as comemorações do Dia do Índio. O caso tomou notoriedade nacional e gerou grande comoção. Ele foi queimado vivo enquanto dormia numa parada de ônibus em área nobre de Brasília. O índio chegou a ser socorrido, mas com 95% do corpo queimado, não resistiu aos ferimentos. O julgamento ocorreu quatro anos depois. Os outros quatro jovens foram condenados a 14 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado.

Fonte: Terra
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