DF: terminada a greve, movimento nos hospitais diminuiu

SindMédico havia dito que o atendimento de urgência e emergência não seria afetado

20 jan 2015 - 21h52
<p>Na ala da emergência do HCR, um dos maiores do Distrito Federal, os pacientes foram informados que apenas um médico estava atendendo</p>
Na ala da emergência do HCR, um dos maiores do Distrito Federal, os pacientes foram informados que apenas um médico estava atendendo
Foto: Thinkstock

Em greve desde a última sexta-feira (16),  os médicos do Distrito Federal estão voltando ao trabalho, mas o movimento nos hospitais ainda está abaixo do normal. Os pacientes que estavam nos hospitais disseram que tinham receio de não ser atendidos. Depois que a Justiça determinou o fim da greve sob pena de multa de R$ 80 mil, o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico) convocou os profissionais a voltarem às atividades e adiantou a assembleia, que seria na noite de amanhã, para a noite de hoje. Segundo nota do sindicato, a categoria está estudando as medidas legais cabíveis contra a decisão judicial.

O SindMédico havia dito que o atendimento de urgência e emergência não seria afetado. Mesmo assim, pacientes reclamaram que a demora hoje (20) estava maior na emergência. Na emergência do Hospital Regional do Guará, segundo a técnica-administrativa Ana Matias, que recebe os pacientes, não houve atendimento na manhã de hoje (20), mas a tarde uma ginecologista estave atendendo. Segundo a funcionária, a dificuldade vai além do período de greve. “O hospital está sem remédio”, disse Ana, acrescentando que o local sempre sofre com a falta de clínicos gerais.  Ela disse que hoje a demanda foi menor, deduzindo que os pacientes, sabendo da greve, não procuraram o hospital.

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Enquanto isso, a brigadista Eliene Vieira estava há três horas na fila de agendamento para marcar uma consulta com um cardiologista no Hospital Regional de Ceilândia (HCR). “Cheguei às 13h e até agora [16h] a fila não andou, ninguém diz se a gente vai conseguir marcar ou não”. Logo depois uma funcionária informou que os pacientes deixariam os dados, mas não havia vagas para agendamento.

Na ala da emergência do HCR, um dos maiores do Distrito Federal, os pacientes foram informados que apenas um médico estava atendendo, mas a administração do hospital não falou com a reportagem para confirmar o número.

Na fila estava Maria Aparecida Alves, esperando atendimento para a neta, Maria Vitória, de 5 anos, que precisava trocar o gesso do braço quebrado. “Disseram que estão atendendo, mas já estou aqui faz mais de uma hora e não me deram certeza de que ela vai ser atendida”, disse.

Na emergência infantil Paulo César Batista, que mora em Águas Lindas (GO), e estava com o filho Levi com febre desde a madrugada, esperava atendimento pediátrico havia mais de duas horas. “Primeiro eu fui para Brazlândia, ainda pela manhã, mas de lá me disseram para vir aqui no HCR. Cheguei umas 14h e disseram que tem uma médica atendendo, mas não tem nem triagem para dizer o que é grave e o que não é. Ainda não sei se meu filho vai ser atendido”.

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No Hospital Regional de Taguatinga, também um dos maiores da região, funcionários disseram que  o atendimento estava normal, tanto no pronto-socorro quanto na parte ambulatorial. “Eu estava com uma consulta agendada com uma ginecologista e fui atendida normalmente, graças a Deus”, disse a funcionária pública Clarissa Gomes.

Agência Brasil
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