A presidente Dilma Rousseff chegou a Roma no início da manhã desta sexta-feira e confirmou que vai mesmo convidar o papa Francisco para ir ao Brasil ver a abertura da Copa, em São Paulo, ou assistir algum jogo da Argentina. De acordo com o Itamaraty, entretanto, a presença do Papa na Copa do Mundo pode ser apenas por meio de uma carta de apoio. Mais importante que isso foi a ideia dada pelo Papa quando recentemente recebeu a visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, para que o mundial deste ano reforce a campanha contra todos os tipos de discriminação - não apenas o racismo, uma bandeira da Fifa. Blatter teria gostado da ideia e a presidente Dilma já teria se comprometido a levar a questão adiante e reforçar a campanha durante os 30 dias de Copa do Mundo.
Além do encontro com o papa Francisco, previsto para as 15h (horário de Brasília) como forma de retribuição à visita feita pelo pontífice ao Brasil na Jornada Mundial da Juventude, Dilma ainda deve se encontrar com o presidente da Itália, Giogio Napolitano. Segundo o Itamaraty, porém, os chefes de Estado devem tratar apenas de questões maiores. De acordo com a diplomacia, não há previsão de que se trate do caso da prisão do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto, preso em Modena por portar documentos falsos - a não ser que uma das partes se sinta à vontade para entrar no tema.
Dilma Rousseff vai ficar hospedada na Embaixada do Brasil em Roma e ainda não se sabe se, depois de assistir ao consistório que vai elevar a Cardeal o Arcebispo do Rio de Janeiro, dom Oraní Tempesta, neste sábado, vai ou não direto para Bruxelas, onde participa da cúpula Brasil-União Europeia. No sábado à tarde, a presidente deve cumprimentar Dom Orani em uma audiência geral na sala Paulo VI no Vaticano e, caso não vá para Bruxelas, deve participar, à noite, do coquetel oferecido pela embaixada brasileira no Vaticano ao novo Cardeal.