A delegação da França não escondeu o descontentamento pela decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de antecipar a divulgação da declaração final da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
O documento foi publicado na noite de segunda-feira (18), embora a reunião termine apenas nesta terça (19).
"O texto deveria ser mais explícito", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, em entrevista ao jornal Les Echos, a respeito da ausência de menção à Rússia no parágrafo sobre a guerra na Ucrânia.
"A declaração agora já foi adotada pelo presidente Lula, mas isso não muda nada na posição da França. Precisamos ser muito claros de que se trata de uma guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e que nossa prioridade é obter uma paz duradoura", salientou Macron.
A fórmula suave sobre o conflito foi a saída encontrada pela diplomacia brasileira para garantir a aprovação consensual da declaração final do G20, grupo que tem Moscou como membro.
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