DNA confirma que brasileira morta na Itália estava grávida do chefe

Empresário italiano é o principal suspeito de ter matado a brasileira de 29 anos, que estava grávida de cinco meses

4 set 2013 - 15h30
(atualizado às 15h36)
<p>O italiano Claudio Grigoletto era chefe de Marilia Rodrigues da Silva na empresa Alpi Aviation do Brasil</p>
O italiano Claudio Grigoletto era chefe de Marilia Rodrigues da Silva na empresa Alpi Aviation do Brasil
Foto: Facebook / Reprodução

O resultado de um exame de DNA confirmou nesta quarta-feira que o italiano Claudio Grigoletto, dono da empresa Alpi Aviation do Brasil, era o pai do bebê que a brasileira Marilia Rodrigues da Silva, 29 anos, estava esperando. Grigoletto, que era chefe de Marilia, é o principal suspeito de ter assassinado a brasileira, que foi encontrada morta na última sexta-feira, no escritório da empresa, em Gambara, no norte da Itália. Ela estava grávida de cinco meses.

A prisão de Grigoletto foi confirmada na manhã desta quarta-feira, depois de um longo interrogatório iniciado na noite anterior. O italiano assumiu à polícia que tinha um relacionamento amoroso com a vítima, e não descartou que poderia ser o pai do bebê que ela esperava.

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Marilia tinha marcas de lesões no rosto e na nuca
Foto: Reprodução

A advogada de Claudio, Elena Raimondi, afirmou ao Terra, por telefone, que Grigoletto ainda não recebeu a notícia da confirmação da paternidade. "Eu ainda não falei com ele sobre o resultado do teste, mas como ele acreditava que poderia ser mesmo o pai, mesmo sabendo que ela tinha outros relacionamentos, não creio que ficará surpreso", disse ela.

Elena também afirmou que a mulher de Grigoletto, Jessia Alari, recebeu a notícia sobre a traição. "Em uma noite, ela ficou sabendo que o marido tinha outra mulher, que essa mulher esperava um filho, que poderia ser dele e ainda viu a polícia levá-lo de casa como o principal suspeito da morte dessa mulher. Acho que não preciso dizer como ela se sente. Mas a sua decisão é de apoiar o marido", disse a advogada.

Sobre as provas - que, segundo o Ministério Público, complicam a situação de Claudio Grigoletto -, a advogada foi categórica: "penso que o meu cliente pode provar que é inocente sim, as investigações ainda não foram concluídas e ele não pode ser considerado culpado, temos que esperar".

A advogada também fez referência a uma nota fiscal encontrada dentro do escritório de Grigoletto. O documento, da última quinta-feira - data da morte de Marília -, comprova a compra de amônia e ácido.

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A prova, segundo a polícia, indicaria um crime premeditado. Elena, no entanto, justifica a compra dos produtos. "Não foram comprados somente amônia e ácido, foram compradas luvas e esponja também, produtos de limpeza que serviriam para limpar o escritório depois da volta das férias, já que a empresa ficaria muitos dias fechada", disse.

A polícia trabalha com a hipótese de que Claudio Grigoletto queria "eliminar o problema", porque seria o pai do filho de Marília, o que colocaria em risco o seu matrimônio. Ele teria tentado simular um suicídio da brasileira.

A advogada afirmou que esteve com o cliente na manhã desta quarta-feira, e que a única preocupação dele no momento é com a família. "Ele está muito preocupado não com ele, mas com as filhas pequenas e com a mulher, que está no período de pós-parto", disse Elena Raimondi.

O pai e o irmão de Marilia chegaram à Itália nesta quarta-feira e estiveram no Tribunal de Bréscia. A advogada disse que ficou sabendo da chegada da família, mas não os encontrou.

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Fonte: Especial para Terra
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