Dono de loja afirma que autor do atentado em Brasília parecia 'preocupado' ao comprar fogos de artifício

Ainda segundo o proprietário da loja de fogos de artifício, Francisco Wanderley Luiz dispensou a nota fiscal após comprar os itens

15 nov 2024 - 16h12
Dono de loja de fogos de artifício em que autor de atentado comprou os itens
Dono de loja de fogos de artifício em que autor de atentado comprou os itens
Foto: Reprodução/TV Globo

Responsável pelo atentado na Praça dos Três Poderes na última quarta-feira, 13, Francisco Wanderley Luiz demonstrava estar "preocupado" ao adquirir os fogos de artifício utilizados no crime, segundo relatou em entrevista à TV Globo o proprietário da loja em Ceilândia, no Distrito Federal, onde o material foi comprado.

De acordo com Fernando Barramansa, que foi quem vendeu os itens a Francisco, o homem solicitou uma tocha "de maior potência" e optou por não levar a nota fiscal da compra.

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"No dia que ele veio buscar essa tocha maior, eu notei ele assim um pouco preocupado, olhava pra trás, olhava pros lados. [...] Ele disse que era um evento, que o pequenininho [fogo de artifício] não ia pegar bem, queria uma coisa mais bonita pra turma dele lá. Não falou local, não falou mais nada", disse o dono da loja à emissora. 

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Francisco gastou mais de R$ 1,5 mil em fogos de artifício na loja de Ceilândia, no Distrito Federal, nos dias 5 e 6 de novembro. Ele detonou os explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), e morreu em decorrência da ação.

"Eu falei com ele que se eu passasse o cartão de todo jeito eu tinha que tirar a nota fiscal. Ele falou não, não precisa de nota. [...] Outra coisa que percebi é que ele não parou o carro na porta da loja. Tenho estacionamento muito amplo, não vi o carro dele", acrescentou o dono do estabelecimento.

O autor do atentado foi filmado por câmeras de segurança da loja. De acordo com informações da TV Globo, no dia 5 ele gastou R$ 295 no local. Já na segunda visita, no dia 6, ele comprou R$ 1.250 em produtos. Os pagamentos foram feitos com um cartão de débito.

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Em cima do balcão, estava uma caixa com fogos de artifício. Depois de pagar, ele deixou o local. 

A Polícia Civil informou que a loja opera de forma regular, e que a venda não é proibida. Os comerciantes prestaram depoimento e ajudam a polícia com informações sobre o caso.

Os fogos comprados pelo homem teriam sido modificados de forma caseira, para que as explosões ficassem mais fortes.

Fonte: Redação Terra
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