Doria, Witzel, Kataguiri e Hasselmann usam Twitter para exaltar Moro e atacar Bolsonaro após saída do ministro

Witzel ofereceu cargo ao ex-ministro, Doria chama Bolsonaro de vírus e Hasselmann inicia campanha presidencial do juiz federal.

24 abr 2020 - 15h46
(atualizado às 15h48)

Logo após Sergio Moro deixar o cargo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, políticos foram às redes sociais tecer elogios ao ex-juiz federal e atacar o presidente Jair Bolsonaro.

Foto: BBC News Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse em sua página pessoal no Twitter que o país perde após a saída do ministro e aproveitou para convidá-lo a fazer parte de seu governo.

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"Assisto com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Federal Sergio Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo porque aqui, vossa excelência, tem carta branca sempre", disse na rede social.

Na últimas semanas, não só Witzel, mas o governador de São Paulo, João Doria, tiveram atritos com o presidente Bolsonaro ao defender o isolamento social durante a pandemia de coronavírus. Para Bolsonaro, o país deve reabrir o comércio, enquanto os governadores decretaram quarentena.

Assim como Witzel, Doria também saiu em defesa do ex-ministro e atacou Bolsonaro no Twitter.

"Moro mudou a história do País ao comandar a Lava Jato e colocar dezenas de corruptos na cadeia. Deu sinal de grandeza ao deixar a magistratura, para se doar ainda mais ao nosso país como ministro", disse Doria.

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O governador paulista ainda dedicou parte de seu pronunciamento do início da tarde sobre as ações contra o coronavírus para atacar Bolsonaro.

"Lamento muito que o Brasil tenha que combater dois vírus: o coronavírus e outro vírus que está no Palácio do Planalto em Brasília". E afirmou que Moro "ajudou a escrever as melhores páginas da história desse país."

Um dos líderes do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri também usou a rede social para atacar Bolsonaro. Responsável por convocar alguns dos maiores protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff, Kim ressaltou a fala de Moro sobre a gestão petista.

"Moro afirmando que nem durante governo petista houve tamanha interferência na PF. Compromisso de Bolsonaro não é com combate à corrupção, é em proteger a própria família e blindar seus novos aliados, parlamentares corruptos e fisiológicos", afirmou Kataguiri no Twitter.

A deputada federal, líder do PSL na câmara e apoiadora de Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial, Joice Hasselmann, iniciou movimento para que o ex-ministro se torne o próximo presidente da República.

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"Começa AGORA campanha MORO 2022! Sérgio Moro mostrou sua estatura. É herói nacional. Não se alia a corruptos, não abafa investigações, não negocia com bandidos. O governo perde seu maior ativo moral. Mas o Brasil ganha o melhor candidato para a presidência da República.

", afirmou em uma publicação no Twitter.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, também usou a rede social para atacar o presidente e disse que vai investigar as possíveis irregularidades de Bolsonaro citadas por Moro.

"A OAB irá analisar os indícios de crimes, apontados por Moro. Mas preciso registrar meu lamento e minha indignação com as crises que o presidente nos impõe, por motivos extremamente suspeitos, em meio a uma crise pandêmica que, de tão grave, deveria ao menos ser a única", afirmou.

FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu em sua conta na rede social que Jair Bolsonaro deixe o cargo para que o país evite "um longo processo de impeachment".

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"É hora de falar. Pr está cavando sua fossa. Que renuncie antes de ser renunciado. Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment. Que assuma logo o vice para voltarmos ao foco: a saúde e o emprego. Menos instabilidade, mais ação pelo Brasil", disse FHC.

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