Eduardo não recua após polêmica: "Esquerda é terrorista"

Filho do presidente Jair Bolsonaro citou Ustra para se defender do que chamou de "narrativa da imprensa"

31 out 2019 - 16h37
(atualizado às 17h02)
Deputado federal Eduardo Bolsonaro
09/08/2019
REUTERS/Adriano Machado
Deputado federal Eduardo Bolsonaro 09/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira em seu perfil no Twitter que a esquerda provocou "pânico" e "terror" no Brasil nas décadas de 1960 e 1970, e que agora tem a intenção de trazer de volta para o país essa estratégia, que estaria sendo adotada atualmente no Chile.

"O que foi o AI-5? Dilma, Lula, Franklin Martins, Marighella, Lamarca e outros trouxeram pânico e terror ao Brasil no final dos anos 1960 e início dos 70. Hoje a estratégia se repete no Chile e a esquerda brasileira está louca para trazer isso para o Brasil", disse o deputado em um tuíte acompanhado de vídeo com imagens dos protestos no Chile.

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No vídeo, que tem cerca de dois minutos, o deputado volta a defender que os protestos no Chile são causados por "terrorismo" da esquerda e ainda acusa a mídia brasileira de tentar fazer uma "narrativa" para desestabilizar o governo. Ele ainda cita o livro "Verdade Sufucada", escrito pelo general Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado pela crime de tortura durante o regime militar.

Em entrevista à jornalista Leda Nagle divulgada no Youtube nesta quinta-feira, Eduardo disse que o governo de seu pai poderia lançar mão de um instrumento como o AI-5 caso a esquerda radicalize em sua atuação no país, e destacou que seria "ingenuidade" não relacionar protestos populares que têm ocorrido recentemente em países vizinhos da América do Sul com o clima de confronto que ocorre no Brasil. A declaração foi repudiada pela oposição, por partidos do centro e até pela base aliada de Bolsonaro. O próprio presidente declarou que o filho "estava sonhando" ao citar um possível novo AI-5

* Com informações da Reuters

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Fonte: Redação Terra
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